Com financiamento do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco dos BRICS) e baseado em tecnologias inspiradas em modelos chineses, o Brasil planeja iniciar em 2026 uma rede nacional de hospitais inteligentes. Para o ministro Alexandre Padilha, trata-se de uma “revolução tecnológica da construção hospitalar” e de um marco para colocar o SUS no protagonismo da inovação em saúde.
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O projeto foi divulgado durante o Congresso da Abramge, em São Paulo, e prevê um hospital-modelo no complexo da USP, além de dez unidades regionais distribuídas pelo país, com atenção especial a regiões tradicionalmente carentes, como Norte e Nordeste. A proposta integra inteligência artificial, 5G, telessaúde e sistemas de gestão preditiva.
A iniciativa foi desenvolvida em conjunto pelo Ministério da Saúde, pela Faculdade de Medicina da USP e pelo Hospital das Clínicas, com suporte técnico e financiamento do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco dos BRICS).
Segundo Padilha, a iniciativa “vai além da modernização do atendimento: gera empregos qualificados, fortalece o SUS e posiciona o Brasil no mapa global da saúde digital”.
Em missão oficial à China, Padilha visitou em outubro o hospital universitário inteligente Tiantan, em Beijing, unidade referência no monitoramento contínuo de pacientes, mesmo após a alta hospitalar.
“O paciente volta para casa, o hospital registra todas as suas informações, os médicos debatem os casos e ele aguarda a consulta. Isso reduz gastos e melhora a qualidade do atendimento”, afirmou o ministro, segundo nota do ministério.
Infraestrutura prevista no país
No Brasil, o Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil) projeta erguer em São Paulo uma unidade de 800 leitos voltada a emergências de alta complexidade, nas áreas de neurologia, cardiologia, neurocirurgia e terapia intensiva.
“O hospital inteligente permitirá integração com a rede de atenção em todas as etapas: da atenção primária e dos serviços de urgência e emergência até a alta complexidade, garantindo um cuidado mais rápido, eficaz e humano. É a tecnologia a serviço do SUS, do médico ao paciente, da formação profissional à assistência”, acrescentou o ministro.








