Gana concordou em acolher em seu território os imigrantes da África Ocidental deportados pelos Estados Unidos, afirmou nesta última quarta-feira (10) o presidente ganense John Mahama.
Acolhimento de deportados e entendimentos
A expulsão de pessoas para países terceiros, muitos dos quais nunca foram o lar desses indivíduos, tem sido uma das medidas mais severas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a imigração irregular; destaca-se o envio de centenas para a prisão de segurança máxima Cecot, em El Salvador.
Mahama comunicou à imprensa que Gana aceitou receber cidadãos do leste africano, região em que um acordo regional permite a circulação sem necessidade de visto.
“Os Estados Unidos nos contataram para que aceitássemos cidadãos de terceiros países que estavam sendo expulsos dos Estados Unidos. E acordamos com eles que os cidadãos da África Ocidental serão aceitos”, declarou Mahama.
O presidente disse que um “primeiro grupo” de 14 pessoas já havia chegado a Gana, entre as quais “vários” nigerianos que, desde então, regressaram ao país de origem, sem que tenham sido fornecidas as datas.
Gana tem sido, por muitos anos, destino para imigrantes nigerianos. Contudo, nas últimas semanas houve protestos em diversas cidades contra cidadãos dessa nacionalidade, responsabilizados pelo aumento da criminalidade.
Desde o retorno de Trump à presidência, em janeiro, a Casa Branca tem deportado cidadãos de países terceiros para o Sudão do Sul, um país empobrecido e devastado pela guerra. Também foram firmados acordos com Uganda, Ruanda e Essuatíni.
Na América Latina, El Salvador, Panamá e Costa Rica aceitaram imigrantes expulsos por Washington.








