WASHINGTON — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo decreto que proíbe a entrada no país de cidadãos de 12 nacionalidades, a maioria originária da África e do Oriente Médio, reimplementando uma política de seu primeiro mandato.
Países com restrição
Os países afetados pela proibição incluem: Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A medida terá início na próxima segunda-feira, 9, e para visitantes de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela, haverá restrições mais rigorosas, impedindo a obtenção de vistos permanentes ou para fins educacionais.
Motivos da proibição
Trump justifica essas ações dizendo que “deve agir para proteger a segurança nacional e os interesses dos Estados Unidos”. Em um comunicado, ele mencionou a relevância da restrição como forma de impedir a entrada de indivíduos considerados uma ameaça, especialmente após um ataque terrorista recente em Boulder, Colorado.
Critérios de seleção
A seleção dos países foi baseada em um relatório que avaliou as “atitudes hostis” em relação aos Estados Unidos e os riscos associados à entrada de estrangeiros. A decisão é parte de um esforço mais amplo do governo Trump para limitar tanto a imigração legal quanto a ilegal, com medidas adicionais que incluem deportações em massa e a suspensão da admissão de refugiados.
Histórico de proibições
Esse decreto revive uma política de janeiro de 2017, quando Trump estabeleceu restrições a viagens de sete países predominantemente muçulmanos, um ato que gerou controvérsia e desafios legais, mas foi mantido pela Suprema Corte em 2018. Durante esse período, viajantes enfrentaram dificuldades significativas ao tentarem entrar nos Estados Unidos.
Mudanças na administração
O presidente Joe Biden aboliu essas proibições em 2021, classificando-as como um erro em relação aos valores americanos de acolhimento. No entanto, Trump e seus apoiadores argumentaram que as restrições eram necessárias para garantir a segurança nacional, afastando acusações de preconceito.