A Suprema Corte da Argentina confirmou a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner, impondo uma pena de seis anos de prisão por fraude, além de proibi-la de ocupar cargos públicos de forma vitalícia. A decisão, tomada nesta terça-feira (10), rejeitou um recurso da líder da oposição peronista.
Ao manter a condenação proferida por um tribunal inferior em 2022, os juízes da Corte reforçaram o veredicto de culpabilidade da Câmara Federal de Cassação Penal, que já havia determinado a pena. Kirchner, aos 72 anos, foi presidente de 2007 a 2015 e vice-presidente de 2019 a 2023. O caso, conhecido como “Vialidad”, a acusou de favorecer o empresário Lázaro Báez com contratos de obras públicas na Patagônia.
A possibilidade de prisão domiciliar será analisada por outro tribunal, considerando que Kirchner tem mais de 70 anos. A ex-presidente, que nega as acusações, afirma ser alvo de uma perseguição política. Recentemente, anunciou sua intenção de concorrer ao Congresso nas eleições legislativas de setembro, focando em um importante distrito da província de Buenos Aires, um reduto peronista.
Este julgamento pode fortalecer a união entre os peronistas, o movimento de centro-esquerda que se opõe ao atual presidente liberal Javier Milei.