Para melhorar a saúde dos ossos, é importante consumir alimentos ricos em cálcio. Já o fortalecimento muscular depende de exercícios específicos, sono de qualidade e hidratação adequada. Mas e a saúde cerebral, como podemos cuidar dela?
A saúde cerebral pode ser definida como a capacidade plena para desempenhar diversas funções ao longo da vida. Isso inclui aprendizagem, conhecimento de novas sensações, lidar com comportamentos e emoções, além da coordenação motora.
Nas farmácias e lojas online, existem diversas opções de suplementos que prometem melhorar concentração e foco. No entanto, nem todos cumprem o que prometem.
Estratégias baseadas em pesquisas científicas podem realmente turbinar o cérebro. Esse tema foi discutido no congresso Brain (Cérebro, Comportamento e Emoções), realizado em Fortaleza, no Ceará.
1. Alimentação balanceada
Uma dieta equilibrada é fundamental não apenas para o peso corporal, mas também para a saúde do cérebro. Não existe uma cápsula milagrosa, mas uma alimentação saudável pode fazer a diferença.
Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, antioxidantes e vitaminas contribuem para a saúde cerebral. Peixes gordurosos, nozes, frutas e vegetais estão associados a um menor risco de declínio cognitivo.
Uma dieta diversificada traz múltiplos benefícios. O que faz bem ao cérebro também protege os vasos sanguíneos e o coração. Vegetais de folhas verdes, como couve e espinafre, além de brócolis, podem ajudar a retardar o declínio cognitivo.
Peixes são essenciais e devem ser consumidos pelo menos duas vezes por semana. Salmão, bacalhau e atum light em lata são boas opções. Frutas vermelhas, ricas em flavonoides, também ajudam a melhorar a memória.
A cafeína, consumida com moderação e aliada a uma alimentação saudável, pode melhorar a memória e habilidades de pensamento.
2. Atividade física
A prática regular de exercícios físicos está diretamente relacionada à melhoria da função cognitiva. O exercício promove a formação de novas células nervosas, um fenômeno chamado neurogênese.
Além disso, a atividade física libera proteínas importantes para a saúde dos neurônios, conhecidas como fatores neurotróficos. Movimentar o corpo equivale a colocar o cérebro para funcionar.
O tai chi chuan, por exemplo, pode ajudar a adiar a progressão da doença de Parkinson e melhorar a cognição em idosos. Exercícios também têm efeitos analgésicos e antidepressivos, além de induzir sensação de bem-estar.
Melhoras no humor, sono e redução do estresse e ansiedade colaboram indiretamente para a saúde cerebral. Para obter esses benefícios, é importante manter a regularidade dos exercícios.
3. Sono adequado
Durante o sono, o cérebro não descansa, mas trabalha ativamente. O sono é crucial para processar informações e recuperar o organismo. A privação de sono afeta negativamente a memória, atenção e capacidade de aprendizado.
Distúrbios do sono estão frequentemente relacionados ao estresse, que pode prejudicar a função cerebral.
4. Redução do estresse
O estresse crônico libera hormônios como adrenalina e cortisol, que podem prejudicar a concentração, memória e regulação das emoções. Isso pode levar a problemas como ansiedade, aumento da pressão sanguínea e distúrbios do sono.
Técnicas como meditação, ioga e mindfulness podem ajudar a gerenciar o estresse e melhorar a saúde mental e cognitiva.
5. Desafiar o cérebro
Atividades desafiadoras, como quebra-cabeças e jogos de raciocínio, podem manter a cognição em alta. Aprender novas habilidades também está associado a um retardamento do declínio cognitivo.
Jogos desenvolvidos por cientistas podem auxiliar na recuperação de pacientes após um AVC, ajudando na recuperação de movimentos.
6. Socialização
Interações sociais estimulantes e relacionamentos saudáveis têm impacto positivo na saúde cerebral. Essas interações estão associadas a um melhor desempenho cognitivo e menor risco de doenças neurodegenerativas.
Em resumo, uma dieta saudável, exercícios regulares, sono adequado, gerenciamento do estresse, desafios cognitivos e interação social podem otimizar a eficiência do cérebro.








