Vários pais muitas vezes afirmam que não têm preferência por um filho em detrimento do outro. No entanto, um estudo recente da Associação Americana de Psicologia revela que o favoritismo parental é uma realidade. A pesquisa indica que as filhas tendem a ser as escolhidas como “filho favorito”, assim como crianças que se destacam por serem agradáveis e esforçadas.
Estudo sobre favoritismo parental
O estudo, publicado na revista científica Psychological Bulletin, incluiu uma meta-análise de 30 artigos, com a participação de 19.469 crianças. Os pesquisadores investigaram como fatores como ordem de nascimento, gênero, temperamento e traços de personalidade, como extroversão, afabilidade, abertura, conscienciosidade e neuroticismo, estão relacionados ao favoritismo.
Fatores analisados
A pesquisa examinou cinco aspectos da relação dos filhos com seus pais: tratamento geral, interações positivas, interações negativas, alocação de recursos e controle. Inicialmente, acreditava-se que mães favoreceriam filhas e pais favoreceriam filhos. Contudo, a análise revelou que ambos os pais tendem a favorecer as filhas.
Crianças favoritas
Os resultados mostraram que características como responsabilidade e organização aumentam as chances de uma criança ser considerada favorita. Os pesquisadores sugerem que os pais podem achar essas crianças mais fáceis de lidar e, portanto, respondem de forma mais positiva a elas. Curiosamente, a extroversão não foi um traço associado ao favoritismo, desafiando a ideia de que personalidades extrovertidas são mais valorizadas.
Impacto sobre a saúde mental
Outro ponto destacado é que filhos mais velhos frequentemente desfrutam de maior autonomia, possivelmente devido à sua maturidade. Por outro lado, as crianças que não são favorecidas tendem a sofrer com problemas de saúde mental e relacionamentos familiares mais complicados.
Considerações finais
Os pesquisadores destacam que, embora a pesquisa seja correlacional e não explique o porquê do favoritismo, ela sugere que os pais precisam estar mais atentos em suas interações com os filhos. Reconhecer esses padrões pode ser fundamental para garantir que todas as crianças se sintam amadas e apoiadas, evitando, possíveis consequências emocionais negativas.