A quatro vezes medalhista de ouro olímpico Simone Biles geralmente é a favorita em qualquer competição de salto que participa, mas a brasileira Rebeca Andrade está determinada a manter seu título em Paris.
Rebeca foi vitoriosa na final do salto em Tóquio, que Biles não disputou, e vem treinando firme antes dos Jogos de Paris. Seu objetivo é superar a norte-americana, que busca sua própria redenção após lutar contra um bloqueio mental há três anos.
Nesta semana, um vídeo de Rebeca Andrade treinando um salto Yurchenko com triplo twist surgiu na internet. Muitas das principais atletas de elite competem no salto Yurchenko com duplo twist, que tem uma pontuação de dificuldade de 5,0. Um Yurchenko com triplo twist poderia oferecer a Rebeca uma dificuldade de 5,8, abaixo dos 6,4 que Biles, de 27 anos, recebe por seu Yurchenko double pike, batizado de Biles II no Campeonato Mundial do ano passado.
Nenhuma mulher conseguiu executar o Yurchenko com triplo twist em competições internacionais, embora a ginasta norte-coreana Hong Un-jong tenha sido a primeira a tentar fazê-lo nos Jogos de 2016.
Os níveis de dificuldade que Biles traz para a competição no salto e no exercício de solo geralmente oferecem a ela uma margem de erro contra outras ginastas. No entanto, os aprimoramentos de Rebeca podem preparar uma final de salto emocionante em Paris, especialmente se a atleta de 25 anos apresentar outra experiência que, segundo rumores, ela está tentando.
Embora as ginastas tentem se preparar para grandes torneios longe dos olhares curiosos, há sugestões de que a duas vezes o campeão mundial de salto também esteja treinando um salto Cheng com giro completo extra, que provavelmente corresponderia à dificuldade 6.4 do Biles II.
Um ouro no salto para Rebeca, com Biles em segundo lugar, não seria algo sem importância. No Mundial do ano passado, Biles caiu em seu Yurchenko double pike na final, perdendo para Rebeca pelos dois décimos. Uma queda resulta em uma dedução de um ponto.
No entanto, Biles teria vencido Rebeca, apesar da queda, se não tivesse sofrido uma dedução obrigatória de meio ponto por seu técnico ter ficado como medida de segurança. Por fim, Biles tem realizado esse salto sem a presença de seu técnico.
Além da dificuldade, o ponto forte de Rebeca está a ser executado, e ela geralmente ganha notas mais altas nesse aspecto do que seus concorrentes, incluindo Biles. Independentemente do resultado em Paris, Rebeca sempre deixou claro seu respeito por Biles, a ginasta mais condecorada da história.
“Mantemos essa relação de admiração”, disse Rebeca sobre Biles em uma entrevista à Marie Claire neste ano.