A arbitragem no Campeonato Brasileiro 2025 tem gerado controvérsias, com juízes se perdendo em meio a orientações confusas que afetam o andamento das partidas. Erros de interpretação têm sido comuns, como a não marcação de faltas evidentes e decisões que mudam radicalmente após a intervenção do VAR.
Um exemplo emblemático ocorreu em uma partida, onde um árbitro validou um gol sem atender ao chamado do VAR, que indicava uma falta anterior. Em outra situação, um pênalti foi inicialmente assinalado, mas posteriormente foi desmarcado após a intervenção do VAR. Esses episódios levantam questões sobre a eficácia dos treinamentos realizados pela Comissão Nacional de Arbitragem nos últimos meses.
Curso online e treinamento presencial
No mês passado, a Comissão Nacional de Arbitragem, sob a presidência de Rodrigo Cintra, implementou um curso de ensino à distância para atualizar os árbitros antes do início do Campeonato. Entretanto, a quantidade de erros nas primeiras rodadas levou a CBF a decidir pela realização de treinamentos presenciais no Rio de Janeiro, algo que deveria ter sido feito durante a pré-temporada na Granja Comary.
Mudanças nas regras do VAR
O novo protocolo, introduzido sob a orientação do IFAB brasileiro, traz complexidade ao jogo, permitindo que o VAR faça intervenções que não seguem o padrão internacional estabelecido. Isso resulta em um cenário onde os critérios aplicados pelo árbitro de campo e o árbitro de vídeo são distintos, gerando confusão e frustração dentro e fora de campo.
Interferência excessiva do VAR
Durante a terceira rodada, foram registradas oito intervenções do VAR, contrariando a premissa de “mínima interferência e máximo benefício”, proposta pelo IFAB durante a elaboração dos protocolos entre 2016 e 2018. Os dirigentes da CBF buscam elevar o padrão da arbitragem, mas as constantes mudanças de orientação apenas aumentam a desorientação dos árbitros.
Critério de falta
Recentemente, surgiu a orientação de que faltas com “contato mínimo” não devem resultar em pênaltis, mas essa definição é vaga e gera dúvidas. O árbitro Bráulio Machado não marcou um pênalti claro em uma das partidas, enquanto Wilton Sampaio ignorou uma falta evidente em outra. Tais decisões refletem a necessidade urgente de uma revisão nas diretrizes da arbitragem nacional.
Concluindo, o cenário atual da arbitragem no Brasileirão 2025 exige uma reflexão profunda sobre os critérios aplicados e uma reavaliação das orientações dadas aos árbitros, pois a falta de clareza nas regras e seu entendimento está criando um ambiente confuso, tanto para os profissionais em campo quanto para os torcedores.