O Serviço Geológico do Brasil (SGB) concluiu a atualização do mapeamento de risco geológico em Colatina, no Espírito Santo, entre os dias 3 e 11 de abril. Essa iniciativa teve como objetivo reavaliar áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações, especialmente considerando a recente expansão urbana e a dinâmica fluvial do Rio Doce.
Identificação de Novas Áreas de Risco
Solicitado pela Defesa Civil Nacional, o levantamento incluiu visitas técnicas aos 46 setores de risco que já haviam sido identificados em um estudo anterior, realizado em 2019. A equipe do SGB, em colaboração com a Defesa Civil Municipal, também localizou 13 novas áreas com sinais de instabilidade ou histórico de ocorrências, que agora estão sendo cartografadas para integrar a base oficial de risco do município.
Análise das Condições Locais
Durante as vistorias, os especialistas visitaram bairros como São Vicente, Vila Lenira e Bela Vista, onde foram observadas várias situações preocupantes, como alta densidade de construções em áreas de declive acentuado, alagamentos recorrentes e avanço de ravinas sobre vias públicas. O pesquisador em Geociências Marlon Hoelzel destacou a importância de identificar novas ameaças, especialmente em áreas com ocupação vulnerável.
Impacto na População
Atualmente, os setores considerados de alto e muito alto risco em Colatina abrigam cerca de 34.500 moradores e mais de 8.600 construções. A atualização do mapeamento é essencial para orientar ações preventivas, como obras de contenção e o desenvolvimento de sistemas de alerta, contribuindo para a segurança da população.
Planejamento e Ações Futuras
A qualidade das informações técnicas obtidas por meio desse mapeamento é crucial para a atuação preventiva da Defesa Civil. Segundo Hoelzel, essas informações orientam o planejamento urbano e a alocação de recursos. A entrega final do trabalho está prevista para o fim de junho e servirá de base para a formulação de políticas públicas voltadas à redução de riscos e à proteção de comunidades vulneráveis.