A partir de 1º de fevereiro, os motoristas de Colatina, Linhares e regiões do Norte e Noroeste do Espírito Santo se prepararão para um novo aumento nos preços dos combustíveis. Essa mudança é consequência da alteração na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre gasolina, etanol, diesel e biodiesel.
Aumento nos preços dos combustíveis
De acordo com informações do Comitê Nacional de Secretarias Estaduais de Fazenda (Comsefaz), a alíquota do ICMS sobre a gasolina e o etanol será reajustada em R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47. Para o diesel e o biodiesel, o aumento será de R$ 0,06, elevando o preço de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. Este ajuste reflete a variação nos preços nas bombas entre fevereiro e setembro de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023.
Impacto no consumidor
Segundo o economista Ricardo Paixão, o impacto direto para o consumidor será moderado, mas notável. Ele estimou que a gasolina e o etanol podem apresentar um aumento entre R$ 0,05 e R$ 0,06 por litro, enquanto o diesel e o biodiesel devem sofrer um acréscimo de até R$ 0,03 por litro. Essa variação é parte do reflexo dos novos custos impostos pelo ICMS e outros fatores que influenciam o mercado.
Pressão inflacionária e dólar
A presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), Érika Leal, ressaltou que além do ajuste do ICMS, a alta do dólar também exerce pressão sobre os preços dos combustíveis, especialmente devido aos custos de importação. Ela apontou que o cenário de aumento nas bombas pode ser acentuado por essa instabilidade cambial.
Perspectivas de reajuste da Petrobras
Embora a Petrobras tenha afirmado que não pretende aumentar os preços dos combustíveis neste momento, a defasagem em relação ao mercado internacional ainda preocupa especialistas. De acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença no preço da gasolina em relação ao exterior é de R$ 0,27 por litro, representando uma defasagem de 9%. No diesel, essa disparidade alcança R$ 0,49 por litro, ou 14%.
A pressão sobre a estatal é crescente, mas a Petrobras mantém sua posição de não reajustar os preços nas refinarias, gerando incertezas sobre o futuro dos custos dos combustíveis na região.
