5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Desigualdade na educação em São Paulo

Dados recentes do Mapa da Desigualdade de São Paulo, divulgados pela Rede Nossa São Paulo, revelam que o acesso à educação pública na cidade enfrenta grandes desigualdades. Igor Pantoja, coordenador de relações institucionais da entidade, destaca que a capital, com quase 12 milhões de habitantes, apresenta condições de educação divergentes entre seus distritos.

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Desempenho do Ideb nos distritos

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) evidencia essa discrepância, com 45 dos 96 distritos da cidade apresentando notas médias abaixo de 5, inferior à média das escolas brasileiras. Os distritos com piores desempenhos incluem o Ipiranga (nota 4), Bela Vista (4,3) e Vila Leopoldina (4,4). Em contraste, Pinheiros registrou a maior nota com 5,8, seguido por Aricanduva (5,7) e Mooca e Carrão (ambos com 5,6). Vale ressaltar que em 17 distritos não há dados disponíveis para esses indicadores.

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As notas médias do Ideb para os anos finais das escolas públicas da cidade estão significativamente abaixo da meta estabelecida pela sociedade civil, que propôs um valor de 6,4 para o Programa de Metas 2025-2028. A prefeitura, por sua vez, definiu a meta de 5 para 2028.

Indicadores de acesso à educação

Além das notas do Ideb, a pesquisa considerou outros sete indicadores, incluindo o tempo de atendimento para vagas em creche, matrículas em escolas públicas, distorção idade-série e abandono escolar no ensino fundamental. O tempo de espera para creches varia bastante, com distritos como Alto de Pinheiros, Cidades Tiradentes, Cachoeirinha e Guaianases apresentando espera de apenas dois dias, enquanto Brás enfrenta um tempo de espera de 28 dias. Este último, localizado na região central, abriga uma população mais vulnerável, o que pode afetar a disponibilidade de serviços.

A concentração de migrantes, tanto da África quanto da América Latina, no Brás agrava essa situação, dificultando o acesso à educação. Pantoja observa que as características demográficas de certas regiões influenciam na oferta educacional.

Qualidade do corpo docente

Com relação aos docentes do ensino fundamental, a proporção com alto nível de esforço é preocupante. Em distritos como Pinheiros, Vila Mariana, Moema, Perdizes e Santa Cecília, essa porcentagem é de 0%. Por outro lado, Santo Amaro apresenta uma taxa de 12,84%. O desempenho nas notas do Ideb para os anos iniciais do ensino fundamental varia, sendo Vila Mariana a melhor classificada com nota 7,3, enquanto Pari apresenta a menor com 4,8.

Ranking de educação

A Rede Nossa São Paulo também elaborou um ranking temático de educação, classificando os 96 distritos de acordo com seu desempenho em diversos indicadores. Os distritos de Perdizes, Artur Alvim e Butantã lideram a lista, enquanto Sé, Campo Belo e Santana ocupam as últimas posições.

Situação da educação na prefeitura

A prefeitura de São Paulo afirma que a cidade possui um Ideb acima da média nacional para os anos finais do ensino fundamental, com nota de 4,8, e também para os anos iniciais, com 4,6. Para mitigar as desigualdades em áreas mais vulneráveis, a administração municipal implementa medidas como a Gratificação por Local de Trabalho (GLT) e a Gratificação de Difícil Acesso (GDA) para professores em regiões desafiadoras.

Além disso, a cidade conta com 59 centros educacionais unificados (CEUs), que oferecem educação integral e acesso a cultura, esporte e lazer, especialmente em comunidades com alta vulnerabilidade.


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