Neste domingo (10), o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi marcado por desafios para os candidatos que se apresentaram em diversas localidades, como na Faculdade Uninassau, no Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro. Os alunos ficaram visivelmente impactados pelas questões de matemática e ciências da natureza, que incluíam conteúdos de química, física e biologia.
Após duas horas de prova, os participantes tiveram a opção de deixar o local sem levar o caderno de questões. A prova, que teve início às 13h e termina às 18h30, testou os limites de muitos dos presentes. Vinicius Augusto, de 17 anos, uma das primeiras pessoas a sair do exame, expressou suas dificuldades: “As questões de ciências da natureza eu já esperava que fossem complicadas, mas a matemática foi mais desafiadora. Como pretendo estudar humanas, achei a prova da semana passada mais acessível”, revelou com a bandeira do Flamengo, enquanto a final da Copa do Brasil acontecia paralelamente.
Mery Cristina Rosa, de 24 anos e em sua terceira participação no Enem, compartilhou uma visão similar. “Achei difícil, mas tive uma experiência melhor na primeira prova. Estou otimista para o resultado, pois me preparei intensamente para psicologia”.
Em Brasília, a diversidade de reações foi notável entre os candidatos. Enquanto alguns estavam ali apenas para conhecer o formato do exame, outros admitiram que responderam aleatoriamente a algumas perguntas. O professor Pedro Henrique Lima Cardoso, de 27 anos, participou do exame para entender as vivências dos alunos e notou um aumento na complexidade das questões em comparação a provas anteriores. “O Enem não é apenas interpretativo; é uma avaliação que demandou conhecimento abrangente e resistência”, afirmou.
Kris Rian, um jovem de 18 anos da rede pública de ensino, comentou sobre a dificuldade das questões, destacando que, após a prova, sua ansiedade estava voltada para assistir ao jogo do Flamengo, um reflexo do seu estado mental durante o teste. “Por um lado, achei algumas questões fáceis, mas física e matemática realmente foram desafiadoras”.
Por outro lado, a terapeuta Rebeca Lacerda, de 25 anos, notou uma evolução na dificuldade da prova em relação aos anos anteriores. “Vim para me testar, sem pressão. Meu objetivo é estudar pedagogia e percebo que o nível de exigência aumentou bastante em comparação ao que foi na minha época de ensino básico”.
Com o término do segundo dia do Enem, candidatos de diversas partes do Brasil seguem ansiosos por seus resultados, refletindo sobre uma experiência que, embora desafiadora, é vista como uma etapa importante em suas trajetórias educacionais.