As vendas no setor de bares e restaurantes subiram 2,2% em agosto sobre julho, segundo o Índice Abrasel-Stone, relatório mensal divulgado pela Stone em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas manteve-se estável pelo terceiro mês consecutivo.
Guilherme Freitas, economista e pesquisador da Stone, afirma que a alta de agosto confirma uma sequência positiva para o segmento, embora o cenário ainda apresente dificuldades. “Após a recuperação observada em julho, bares e restaurantes voltaram a registrar crescimento em agosto, beneficiados principalmente pela melhoria do mercado de trabalho e pela queda do desemprego”, explicou.
Ele ressaltou, porém, que o quadro segue desafiador, destacando o elevado endividamento das famílias e a inflação de alimentação fora do domicílio, fatores que restringem o poder de compra dos consumidores. “Isso ajuda a explicar por que, na comparação anual, o nível de atividade permanece sem avanço”, acrescentou.
O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, afirmou que a previsão é manter esse desempenho favorável nos próximos meses e citou a volta do horário de verão como um fator potencialmente benéfico ao setor. “Além de reduzir o gasto com energia, a mudança de horário estende o período de consumo no fim do dia, trazendo alívio ao comércio e mais movimento aos bares e restaurantes”, disse.
Análise regional
Na avaliação regional dos 24 estados incluídos no levantamento, dez apresentaram crescimento anual das vendas do setor em agosto: Maranhão (10,6%), Rio Grande do Norte (4,7%), Goiás (4,2%), Paraná (2,7%), São Paulo (2,6%), Espírito Santo (1,8%), Roraima (1,6%), Amazonas (1,5%), Ceará (1,3%) e Mato Grosso do Sul (0,4%).
Entre os estados com desempenho negativo, as quedas registradas foram: Santa Catarina (7,5%), Pará (5,7%), Rio Grande do Sul (5,4%), Rondônia (5,1%), Alagoas (4,3%), Pernambuco (2,6%), Mato Grosso e Paraíba (2,5%), Sergipe (2,3%), Piauí (1,0%), Tocantins (0,8%), Minas Gerais e Rio de Janeiro (0,7%) e Bahia (0,5%).







