Mais de uma dezena de países deverão receber cartas informativas nesta segunda-feira (7) a respeito das tarifas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações. De acordo com Trump, pelo menos 12 parceiros comerciais serão notificados, antecipando o término do prazo de 90 dias de suspensão das tarifas recíprocas de 10%, que expira na quarta-feira (9).
Em um encontro com repórteres no Air Force One, Trump declarou que as cartas trarão propostas definitivas. No entanto, ele não divulgou os destinatários. Aos questionamentos sobre suas intenções quanto às tarifas, ele informou que havia assinado as cartas, as quais seriam enviadas em breve.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, em entrevista à CNN, confirmou a medida e mencionou que aproximadamente 100 cartas tarifárias serão enviadas nos próximos dias. Bessent destacou que, sem avanços nas negociações, as tarifas poderiam retornar aos níveis de 1º de abril.
Trump sugeriu que as cartas incluíssem tarifas variando entre 10% e 70%. Contudo, Bessent esclareceu que a taxa superior de 70% não se aplicaria aos principais parceiros comerciais. Segundo ele, cerca de 100 cartas seriam direcionadas a menores parceiros comerciais, muitos já sujeitos à tarifa básica de 10%.
Na sexta-feira (4), Trump classificou as cartas como a melhor opção para países que não conseguem fechar acordos antes do prazo final de 9 de julho. Diante da guerra comercial que abalou os mercados e pressionou autoridades políticas, Trump anunciou tarifas adicionais em abril, que posteriormente ficaram suspensas para permitir mais tempo para negociações.
Embora Trump e seus conselheiros tivessem intenção de negociar com diversos países, frustrações com negociações anteriores, incluindo com o Japão e a União Europeia, levaram a um desânimo com o processo. Até agora, acordos foram firmados com três nações: Reino Unido, China e Vietnã, todos ajustando suas tarifas conforme discutido.
Bessent assegurou que as próximas cartas estabelecem claramente as tarifas, com mais de 100 definições previstas. Ele também mencionou que muitas nações ainda não contataram os Estados Unidos, mas afirmou que os EUA têm uma vantagem devido ao déficit comercial.
Por fim, Bessent revelou que pode haver anúncios significativos essa semana, mas não especificou quais países poderiam estar envolvidos em novos acordos.
Publicado por Marien Ramos, com informações da CNN Internacional e Reuters


 




