14 de maio de 2025
quarta-feira, 14 de maio de 2025

Novas regras para compras online já estão valendo

Nesta terça-feira (1º), a isenção federal para compras online de até US$ 50 passa a vigorar, gerando debates entre sites de compras e entidades ligadas ao varejo. A medida, regulamentada por uma instrução normativa publicada no fim de junho, permite que as compras de até US$ 50 sejam isentas de Imposto de Importação.

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Para se beneficiar da isenção, as empresas de comércio eletrônico deverão aderir ao programa de conformidade da Receita Federal, denominado de “Remessa Conforme”. Em contrapartida, essas empresas terão acesso a uma declaração antecipada que agilizará o processo de importação de mercadorias no país.

Caso as empresas não aderirem ao programa, a alíquota de Imposto de Importação será de 60%, o mesmo que ocorre com compras acima de US$ 50. Contudo, é importante ressaltar que a isenção para compras até US$ 50 será apenas para tributos federais, uma vez que todas as encomendas de empresas para pessoas físicas que aderirem ao “Remessa Conforme” pagarão 17% de Imposto sobre Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo arrecadado pelos estados.

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Antes das novas regras, as remessas de empresas para pessoas físicas do exterior não eram isentas, estando sujeitas à alíquota de 60% de Imposto de Importação. A cobrança de ICMS era realizada apenas para encomendas entre US$ 500 e US$ 3 mil, mas essa tributação era rara, dependendo da fiscalização da Receita Federal sobre as encomendas dos Correios.

A ampliação da isenção para encomendas de até US$ 50 era anteriormente concedida somente se a remessa ocorresse entre duas pessoas físicas, sem fins comerciais. Entretanto, a isenção gerava problemas, pois diversos sites utilizavam essa brecha para evitar o pagamento de impostos, prejudicando a concorrência justa.

A isenção para compras de até US$ 50 é apenas a primeira etapa da regularização do comércio eletrônico, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A segunda etapa do plano de conformidade estabelecerá um modelo de tributação federal para a importação online, buscando equilibrar a competição entre os produtores nacionais e as lojas online que vendem produtos importados, com foco em evitar práticas de concorrência desleal.

Essa medida tem gerado resistência por parte da indústria e do comércio brasileiro, que alegam competição desleal com os produtos importados e possíveis impactos negativos nos postos de trabalho. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) estimam que até 2,5 milhões de empregos podem ser extintos no segundo semestre devido à isenção. As entidades solicitam a retomada da taxação para evitar prejuízos à economia.

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