O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar até o dia 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho, o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 — atualmente, o valor é de R$ 1.302.
O adiamento dessa medida está em discussão dentro do governo e é defendido pela área econômica. O aumento de despesas da Previdência fez o governo adiar o reajuste.
Isso em função do governo Bolsonaro ter represado novos pedidos de aposentadoria, e liberado todos nos meses que antecederam a eleição.
A postergação do anúncio do aumento do salário mínimo daria tempo para o governo monitorar a evolução do comportamento da folha do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teve a base de beneficiários elevada rapidamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Técnicos do governo Lula disseram que reajustar agora seria muito difícil, porque não há todo o orçamento necessário. Os números, porém, foram revistos em função do crescimento da estimativa de gastos atrelados ao mínimo como benefícios previdenciários.

Calendário INSS 2023
O calendário de 2023 de pagamentos para aposentadorias, pensões e auxílios-doença já foi divulgado e começa a valer em 25 de janeiro. O salário mínimo “vai ser pago normalmente”, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A questão é que, até que uma medida provisória reajuste o mínimo para o valor prometido durante a campanha eleitoral, o valor pagamento não deve mudar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá representantes das centrais sindicais na quarta-feira, dia 18, às 10h, para “abrir uma mesa de negociação” em relação a política de valorização do salário mínimo. Nas gestões anteriores, o cálculo era baseado na inflação do ano anterior, mais o percentual de crescimento do PIB de dois anos antes.