Os aluguéis residenciais com vencimento no mês de outubro ficarão 8,25% mais caros. O valor é correspondente à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços — Mercado), responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de locação vigentes no Brasil, no acumulado dos últimos 12 meses.
O patamar do reajuste é fruto da segunda deflação consecutiva do índice, que recuou 0,95% em setembro, ante queda de 0,7% apurada no mês de agosto. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (29) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Na prática, os inquilinos que pagam mensalmente um aluguel de R$ 1.500 passarão a ter que desembolsar R$ 1.623,75 (+R$ 123,75) todos os meses para continuar morando no imóvel. Para evitar o reajuste significativo, a dica é renegociar o aumento diretamente com o proprietário.
A variação do IGP-M acumulada nos 12 meses encerrados em setembro mantém a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentava variação de 37% para as locações, e põe o indicador no menor patamar desde julho de 2020 (+9,27%). Em setembro do ano passado, o índice havia apresentado deflação de 0,64% e acumulava alta de 24,86% no período anual.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Segundo o R7, algumas imobiliárias já usam a inflação oficial para reajustar os novos contratos de aluguel. Para quem deseja fugir da alta considerável, a melhor orientação é negociar a melhor forma para evitar que os pagamentos pesem no bolso de inquilinos e proprietários.