Um estelionatário está na mira de policiais capixabas e de São Paulo por simular a venda de aparelhos celulares e outros eletrônicos em um perfil no Instagram, receber o pagamento e não entregar o produto. Nesta quinta-feira (25), um mandado de busca e apreensão foi cumprido em seu apartamento na capital paulista, onde computadores e outros objetos, além de um carro de luxo, foram apreendidos.
Além da falsa venda, o investigado também é suspeito de utilizar o Cadastro Nacional de Pessoa Física (CNPJ), de uma empresa do Espírito Santo para realizar o crime.
“A investigação teve início em 2020, com o relato de uma vítima, do município de Vila Velha, que procurou a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) relatando que o CNPJ da empresa dela estaria sendo utilizado de forma indevida nas redes sociais”, disse o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade.
“Ela teria descoberto isso a partir do momento em que pessoas do Brasil todo começaram a entrar em contato com ela e com o contador da empresa dela reclamando que os produtos que haviam adquirido na internet não estavam chegando”, relembra.
“Ou seja, o criminoso utilizou, de forma indevida, esse CNPJ para aplicar os golpes na internet. Ele criava páginas falsas no Instagram, anunciando celulares e outros produtos eletrônicos, recebia os valores das compras e não fazia a entrega. Mas como ele usava CNPJ verdadeiros, de outras empresas que não tinham nada a ver com a história, ele acabava causando prejuízo tanto para as pessoas que compravam e não recebiam, quanto para as empresas que tinham esse CNPJ utilizado de forma indevida”, ressalta Brenno.
Durante as investigações, os policiais identificaram um perfil que ele usava para anunciar os produtos. Essa página tinha mais de 20 mil seguidores. “Após a busca e apreensão realizada na manhã de ontem (25), constatamos que ele também criava outros perfis falsos de pessoas físicas para comentar nessas publicações, falando que receberam os produtos, ou seja, afim de dar credibilidade ao processo, mostrando que seria, em tese, uma página confiável”, conclui.
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