O botão do pânico, que já atende vítimas de violência doméstica no Espírito Santo, ganha agora uma nova funcionalidade. Após os ataque às escolas do Espírito Santo, o dispositivo começa a ser empregado em instituições de ensino de Vitória em 2023.
São 103 escolas atendidas, sendo 49 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) e 54 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef), além dos cinco Centros de Ciência, Educação e Cultura (CCEC): Escola da Ciência, Biologia e História; Escola de Física; Escola de Inovação; Planetário; e Praça da Ciência.
O valor do investimento é de R$ 378.516 e o contrato tem vigência de 12 meses. O custo mensal de cada dispositivo é de R$ 286,75.
Os dispositivos serão instalados quando?
O cronograma de trabalho define a instalação gradativa dos dispositivos, com estimativa de cobertura integral ao longo do ano de 2023.
O sistema deverá ser acionado quando?
Em situações de trocas de tiros nas redondezas das unidades de ensino ou de alguma situação de risco.
Como funcionará o botão do pânico?
Os profissionais ficarão o tempo todo com o equipamento. Em caso de necessidade, para acionar a Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV), basta apertar o botão SOS, segurando por três segundos.
A partir do momento em que é acionado, o dispositivo de segurança estabelece uma comunicação com a Guarda, enviando o áudio da situação que estiver ocorrendo na unidade de ensino.
Formação para utilizar o botão do pânico
A Secretaria Municipal de Educação (Seme) promoveu uma formação com os supervisores de portaria das 103 unidades de ensino da rede pública de Vitória com o objetivo de capacitar esses profissionais para o manuseio e a utilização de dispositivos de segurança.
O trabalho possibilita aos profissionais conhecer, na prática, o funcionamento do dispositivo na prevenção ou mitigação dos efeitos de possíveis situações de violência nas unidades de ensino de Vitória, possibilitando uma resposta imediata por parte dos agentes da Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) e da Polícia Militar.
Prevenção à ataques em escolas
A decisão de utilizar o botão do pânico como medida de segurança veio depois de dois recentes ataques à escolas do Estado.

Neste domingo (25), completou um mês da tragédia de Aracruz, onde 4 pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas. Na ocasião, um adolescente de 16 anos utilizou as armas e o carro do pai, que é oficial da PM, para cometer os crimes. Ele foi apreendido no mesmo dia e julgado duas semanas após o atentado. Ele foi condenado à 3 anos de reclusão.

Henrique Lira Trad, de 18 anos, portava flechas, facas e coquetéis molotov. Ele invadiu a escola Emef Éber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, Vitória, no final do mês agosto. Henrique foi contido por um policial que estava de folga e próximo da escola até a chegada da PM.