Durante encontro com reitores de universidades nesta quinta-feira (19), o presidente Lula (PT) homenageou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier.
Cancellier se matou em 2017, 18 dias depois de ser preso, sem provas, no âmbito da Operação Ouvidos Moucos, um desdobramento da Lava Jato.
Ele era acusado de interferir nas investigações na corregedoria da universidade. A suposta interferência, porém, nunca foi comprovada. “Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade”, escreveu ele em bilhete encontrado depois do suicídio.
“Faz cinco anos e quatro meses que esse homem se matou pela pressão de uma polícia de ignorantes, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas que condenaram as pessoas antes de investigar e julgar, e a gente não pôde nem fazer um ato em homenagem a ele porque nesse país deixou de existir reunião de reitores há muito tempo”, afirmou Lula, que também foi perseguido pela Lava Jato e que passou 580 dias preso injustamente.