Em Vitória, há algum tempo surgiram iniciativas de turismo comunitário lideradas por moradores: Fernando Martins, em Jesus de Nazareth, e Leandro Mello, em Caratoíra. Eles passaram a organizar experiências que aproximam visitantes das comunidades, com passeios guiados por moradores e a participação de comerciantes da região.
Guias locais e impacto na vivência do visitante
Ao contar com guias da própria área, o turista estabelece um contato mais profundo com o lugar, indo além da simples apreciação visual, como ocorre nas paisagens da Ilha das Caieiras, e consumindo em bares e restaurantes da região. Isso fomenta a economia criativa e gera renda para empreendedores locais.
Essas iniciativas estimulam o consumo dentro das comunidades e, por meio da divulgação entre moradores e do boca a boca, podem atrair visitantes de outras cidades e estados, ampliando a circulação de recursos na localidade.
Os governos municipal e estadual precisam atuar como parceiros dessas ações, divulgando os projetos e criando condições favoráveis a investimentos, inclusive em segurança pública. O objetivo deve ser facilitar quem pretende empreender no turismo comunitário, não impor obstáculos, para que essas iniciativas promovam transformações econômicas nas comunidades.
O turismo no Espírito Santo é uma aposta estratégica para compensar perdas decorrentes do fim de incentivos fiscais. Por isso é essencial reconhecer e aproveitar esse potencial. Experiências em capitais como Rio de Janeiro e Salvador mostram que a integração entre turismo e comunidade costuma dar certo, beneficiando a economia local, os moradores e os visitantes quando a atividade é conduzida por quem ama e conhece o lugar.








