A morte da turista brasileira Juliana Marins, em junho, na Indonésia, durante visita a um vulcão, trouxe novamente à tona o debate sobre o turismo de aventura. O segmento tem crescido no Brasil e no mundo, impulsionado pelas redes sociais e pela busca de experiências intensas. No entanto, quais são os limites desse tipo de atividade?
Potencial e desafios do turismo de aventura
Três especialistas participaram do ES Brasil Debate para discutir o tema. Eucleber Janes, presidente da Federação Capixaba de Voo Livre (FCVL), destacou que a expansão do turismo de aventura no Espírito Santo e no Brasil pode representar uma oportunidade econômica importante, desde que alinhada a políticas de fiscalização, capacitação e conscientização.
“Nossa instituição sempre formou profissionais totalmente habilitados, que passaram por treinamentos rigorosos antes de receber a certificação. É fundamental saber com quem se está lidando, pois estamos falando de vidas”, ressaltou.
Segurança e experiência equilibradas
Osvaldo Baldin, sócio fundador da Associação Capixaba de Escalada (ACE), afirmou que o Espírito Santo tem potencial para se tornar referência nacional no segmento. Ele destacou a necessidade de equilíbrio entre experiência, preço e segurança para um crescimento sustentável.
“Os viajantes precisam avaliar criticamente quem os está guiando. A pergunta deve ser: vou ter uma experiência memorável e segura?”, questionou.
Regulamentação e fiscalização
O deputado Coronel Wellington, presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), defendeu a importância de políticas públicas para regulamentação e fiscalização do setor.
“O turismo de aventura não pode ser tratado como uma mera atividade recreativa. É preciso responsabilidade e preparo para reduzir riscos e garantir socorro eficiente em emergências”, destacou.
Influência das redes sociais
Outro tema abordado foi o papel das redes sociais na popularização do turismo de aventura. Baldin e Janes alertaram que a busca por fotos estéticas muitas vezes supera a preocupação com a experiência em si, aumentando comportamentos arriscados.
Para os especialistas, a conscientização é fundamental para garantir um crescimento seguro e sustentável do setor no Espírito Santo e no Brasil.








