quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

O futuro da IA depende do código aberto, segundo professor e pesquisador

Ali Farhadi, professor na Universidade de Washington e CEO do Instituto Allen para IA (Ai2), defende com veemência a importância do código aberto na inteligência artificial, afirmando que “a abertura é o único caminho possível”.

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A missão do Ai2 é clara: democratizar o acesso à inteligência artificial por meio da criação de ecossistemas abertos, desenvolver ferramentas que ajudem cientistas a lidar com grandes volumes de informações e utilizar a tecnologia para a proteção ambiental. Essa abordagem torna o instituto uma referência significativa na discussão sobre transparência no desenvolvimento de tecnologias de IA.

O Ai2 tem sido responsável por projetos inovadores, incluindo a pesquisa inicial em modelos de linguagem, com destaque para o ELMo, e a Xnor.ai, uma startup que ganhou notoriedade por suas ferramentas de IA de baixa potência para dispositivos locais, adquirida pela Apple em uma transação que movimentou cerca de US$ 200 milhões.

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Ali Farhadi ingressou no Ai2 em 2015, após ser convidado por Paul Allen. À época, ele era um jovem professor assistente e tomou a decisão de embarcar em uma nova jornada profissional que, segundo ele, transformou sua carreira. “Foi a melhor decisão que já tomei”, conta Farhadi, enfatizando como essa escolha impulsionou sua pesquisa e sua trajetória acadêmica.

Hoje, como CEO do Ai2, Farhadi visa fomentar uma abordagem aberta em inteligência artificial, um passo crítico em meio ao avanço acelerado da tecnologia. Sob sua liderança, o Ai2 lançou o OLMo, uma série de modelos de linguagem de código aberto que se destacam pela transparência em relação aos processos de treinamento e inferência.

O OLMo se diferencia por permitir que qualquer pessoa possa entender, modificar e construir sobre os desenvolvimentos realizados, uma característica fundamental para estimular a inovação entre pesquisadores e desenvolvedores.

Farhadi também é crítico em relação à falta de transparência nas tecnologias de IA, alertando que manter esses sistemas em “caixas-pretas” aumenta o risco de danos não intencionais. Ele ressalta que o maior desafio atual da IA é a falta de compreensão dos sistemas, afirmando que tornar esses recursos acessíveis permitiria a colaboração de profissionais em larga escala para solucionar lacunas existentes na área.

Recentemente, o Ai2 lançou o OLMo 2, considerado o conjunto de modelos de código aberto mais avançado até o momento, com modelos que variam de sete a 13 bilhões de parâmetros, treinados com até cinco trilhões de tokens. A movimentação do instituto representa um avanço significativo rumo a um futuro mais transparente e acessível na inteligência artificial, alinhando-se às suas práticas de código aberto e à promoção de um ecossistema colaborativo.

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Redação
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