O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse na quarta-feira, 8, que pautará em abril um julgamento que decidirá se familiares de Marielle Franco devem ter acesso às investigações sobre o assassinado da vereadora. O ministro deu a declaração durante uma reunião com familiares de Marielle.
Schietti recebeu seis pessoas no tribunal: Marizete Franco, mãe de Marielle; Fernanda Chaves, a única sobrevivente do atentado que matou Marielle e o motorista Anderson Gomes; uma representante do Instituto Marielle Franco; e três advogadas do caso.
O ministro é relator de um recurso que questiona uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro. O tribunal estadual negou acesso dos familiares de Marielle às investigações. Schietti disse que liberará o caso para ser julgado o quanto antes. Na prática, o julgamento colegiado presencial só deve acontecer no mês que vem.
Marielle Franco foi assassinada em 2018 em um crime político ainda sem solução. Na próxima terça-feira, 14, a morte de Marielle completará cinco anos.
O governo Lula tem feito promessas públicas de solucionar o crime. A irmã de Marielle, a educadora Anielle Franco, é a atual ministra da Igualdade Racial. No último dia 22, o Ministério da Justiça mandou a Polícia Federal abrir um inquérito para auxiliar na apuração do caso. Até então, o crime era investigado apenas na Justiça do Rio de Janeiro.