O profissional de educação física formado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Cacá Ferreira, gerente técnico da rede de academias Cia Athletica, ressalta a importância da respiração: “Práticas que priorizam a respiração diafragmática ajudam a mobilizar a região central do corpo, estimulam o nervo vago e favorecem a motilidade intestinal, conhecida como peristaltismo”.
Quando a atividade física agrava o inchaço
Ao contrário do que muitos supõem, maior intensidade nem sempre significa melhora no caso de gases e distensão abdominal. Treinos muito intensos podem produzir o efeito contrário, causando mais pressão, desconforto e maior vontade de interromper a prática.
“É preciso ter cautela com exercícios de alta intensidade ou de longa duração: eles podem piorar sintomas digestivos devido à redução do fluxo sanguíneo intestinal, ao aumento da permeabilidade intestinal, à ativação do sistema nervoso simpático e a alterações na motilidade”, explica a médica Alanna Azevedo.
O educador físico Cacá Ferreira observa que, ao superar o nível moderado e entrar na zona de intensidade alta, há maior probabilidade de surgirem náuseas, sensação de refluxo e mal-estar. Esses quadros se intensificam especialmente após refeições recentes; por essa razão, exercícios muito vigorosos e com intervalos curtos devem ser evitados nessas situações.
Movimentos que elevam excessivamente a pressão intra-abdominal, como abdominais tradicionais, exercícios que envolvem flexão do tronco e saltos (por exemplo, saltos na caixa), costumam ser contraindicados para quem está inchado. “A respiração rápida e intensa também pode levar à deglutição excessiva de ar (aerofagia), aumentando ainda mais a formação de gases”, esclarece o gastroenterologista Luiz Almeida, do Hospital Mater Dei Emec, em Feira de Santana (BA).








