Ruiz Filho relatou que, ao introduzir a técnica com o rolo em alunos que referiam incômodo na região lombar, observou melhora tanto na intensidade da dor quanto na sensação de relaxamento. Esse resultado motivou o aprofundamento do tema em pesquisa sobre alterações biomecânicas em pessoas com dor lombar crônica, entendida como dor que persiste por mais de três meses e compromete a capacidade física.
O estudo
A investigação foi realizada no Laboratório de Biomecânica da USP e contou com a participação de 20 voluntários. Os sujeitos foram submetidos a uma bateria de testes voltados para a força e a resistência muscular, além de tarefas funcionais que reproduziam ações cotidianas, como sentar-se e levantar-se de uma cadeira ou apanhar um objeto no chão. Em todas as etapas, a equipe mediu a atividade dos músculos abdominais e lombares.
Na fase seguinte, os voluntários passaram por uma sessão experimental de liberação miofascial. Posicionaram-se de barriga para cima sobre um rolo de massagem e, por cerca de dois minutos, realizaram movimentos de vai e vem para massagear as regiões lombar e torácica da coluna.
Alguns dias depois, foi realizada uma intervenção placebo. Os participantes deitaram de bruços enquanto o avaliador deslizava o rolo pelas costas sem aplicar pressão, caracterizando uma liberação miofascial simulada usada para comparação com a técnica efetiva.
Após cada sessão, os voluntários executaram avaliações destinadas a mensurar a ativação dos músculos abdominais e lombares e a percepção de dor. Entre as provas estavam o teste de resistência muscular, o exercício conhecido como stiff, a tarefa de apanhar um objeto no chão (com e sem flexão dos joelhos), a flexão de braços combinada com relaxamento do tronco, o movimento de sentar e levantar e a rotação do tronco na posição sentada.








