Durante todo o mês de setembro , profissionais de saúde intensificaram ações focadas na saúde mental e na conscientização sobre a importância da preservação da vida, por meio da campanha Setembro Amarelo , que busca a prevenção do suicídio . Em meio a essas ações, celebra-se o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio , nesta terça-feira (10).
Com o tema “Se precisar, peça ajuda”, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) reforçam a importância de uma postura ativa na prevenção do suicídio, combatendo o tabu que ainda cerca o assunto. O acolhimento por meio da escuta ativa, sem julgamentos, a empatia e a disposição para ajudar são essenciais nesse processo.
“O acolhimento com escuta ativa é fundamental para identificar mudanças de comportamento. Profissionais de saúde e familiares desempenham papel crucial nesse acolhimento humanizado”, ressaltou Franciely da Costa Guarnier, referência técnica em saúde mental da Secretaria da Saúde (Sesa).
Guarnier destacou que a pandemia da Covid-19 agravou questões de saúde mental, como ansiedade e depressão. Segundo dados da OMS , houve um aumento de 25% nos casos de ansiedade globalmente no primeiro ano da pandemia.
Sinais de alerta e onde buscar ajuda
Entre os sinais de alerta estão o isolamento, falas frequentes sobre a própria morte, falta de esperança, abuso de substâncias e eventos traumáticos. A ajuda pode ser encontrada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) , Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e no Centro de Valorização da Vida (CVV) , com atendimento pelo número 188.
A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) no Espírito Santo oferece suporte a pessoas com sofrimento psíquico, com o apoio de equipes de saúde mental e familiares. Além disso, ações de conscientização, como rodas de conversa e palestras, são promovidas ao longo do Setembro Amarelo para incentivar o diálogo e a prevenção do suicídio.