segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Saúde Queimadura causa 14 mil internações no SUS de crianças e adolescentes, aponta pesquisa

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou uma pesquisa alarmante sobre o aumento de hospitalizações de crianças e adolescentes devido a acidentes com queimaduras nos últimos dois anos. Segundo o levantamento, realizado nos registros do Sistema Único de Saúde (SUS), foram aproximadamente 14 mil hospitalizações nesse período, indicando uma média de cerca de 20 casos diários na faixa etária de zero a 19 anos.

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Em 2022, foram registrados 6.924 casos de hospitalização por queimaduras, número que se manteve alto em 2023, com 6.981 casos. A faixa etária mais vulnerável são as crianças de 1 a 4 anos, totalizando 6,4 mil internações nos dois anos analisados. Em seguida, vêm as faixas de cinco a nove anos (2.735 casos), de 15 a 19 anos (1.893 casos), de dez a 14 anos (1.825 casos) e os menores de um ano (1.051 casos).

A pesquisa também destacou a distribuição regional das hospitalizações por queimaduras, liderada pelo Paraná com 1.730 registros, seguido por São Paulo (1.709), Bahia (1.572), Rio de Janeiro (1.126) e Minas Gerais (1.006). Houve aumento de internações no Norte (de 570 em 2022 para 575 em 2023), Nordeste (de 1.899 para 2.038), Sudeste (de 2.093 para 2.124) e Sul (de 1.573 para 1.607), com exceção da Região Centro-Oeste, que apresentou queda de 789 para 637 internações no mesmo período.

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Quanto aos óbitos por queimaduras, os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde revelam que cerca de 700 crianças e adolescentes foram vítimas fatais desses acidentes nos anos de 2022 e 2021.

O presidente da SBP, Clóvis Francisco Constantino, enfatizou que a maioria dos casos ocorre por descuido dos adultos e que a vigilância constante é crucial para evitar tais acidentes. Ele ressaltou que, apesar de serem frequentes ao longo do ano, os períodos festivos como os festejos juninos exigem atenção redobrada, especialmente devido ao uso de fogos de artifício e fogueiras.

Luci Pfeiffer, presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, alertou sobre os perigos específicos desses períodos festivos, onde há maior risco de queimaduras graves devido ao manuseio inadequado de fogos de artifício e proximidade com fogueiras. Ela enfatizou a importância de medidas preventivas como o uso de portões na cozinha para evitar acidentes domésticos com crianças pequenas.

A SBP disponibiliza orientações detalhadas de prevenção de acidentes com queimaduras em seu site, visando conscientizar pais, responsáveis e toda a comunidade sobre os cuidados necessários para proteger as crianças desses graves acidentes.

*Com informações do portal Agência Brasil

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Bruna Jureves
Bruna Jureves
Jornalista, estudante de Letras e entusiasta da língua portuguesa.

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