O Ministério da Saúde anunciou no sábado (25) a criação da plataforma miniapp Hemovida, que está integrada ao ConecteSUS. Através do aplicativo, poderá ser obtida a carteira virtual do doador de sangue que terá informações de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação. O novo recurso pode ajudar a reforçar os estoques de sangue dos hemocentros.
O doador também terá no app um registro pessoal e útil em situações de emergência; histórico completo de doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas e além de poder optar por fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso com a causa.
Sobre os serviços hemoterápicos o doador terá a localização da rede de saúde mais próxima, para identificar onde doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade.
Segundo o ministério, o Hemovida vai facilitar a captação de doadores e conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros. O miniapp estará disponível para download nas principais lojas de aplicativos, a partir desta segunda-feira (27).
No aplicativo, o doador poderá ainda convidar amigos e familiares, compartilhar experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem doadoras.
Os interessandos em se cadastrar no ConecteSUS Cidadão precisa baixar o aplicativo nas lojas Android ou iOS, ou por meio do site ConectaSUS. O login no app é feito pelo acesso único do Governo Federal (gov.br).
Sangue doado
De acordo com o Ministério da Saúde, o sangue doado voluntariamente é usado nos atendimentos de urgência, na realização de cirurgias de grande porte e no tratamento de pessoas com doença falciforme e talassemias, além de doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.
O sangue recebido nas doações também pode ser transferido pelos bancos de sangue para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) produzir hemoderivados, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população necessitada.
Segundo a coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados, Joyce Aragão, como estratégia para evitar o desabastecimento, o Ministério da Saúde monitora diariamente o volume de bolsas de sangue em estoque nos hemocentros estaduais. Caso seja necessário, o Plano Nacional de Contingência do Sangue pode ser acionado, possibilitando o remanejamento de bolsas de sangue de outras unidades da federação para aquelas com alguma dificuldade, explica Joyce.
Como ser um doador
Para fazer doações de sangue no Brasil, é necessário ter de 16 a 69 anos – na faixa entre 16 e 18 anos, é preciso ter consentimento dos responsáveis. Aqueles entre 60 e 69 anos só podem doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos. É preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.
Por ano, homens só podem fazer quatro doações e mulheres, três. Com intervalo mínimo entre doações de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
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