- A podridão radicular em suculentas e cactos resulta, na maioria das vezes, do excesso de água aliado à ação de fungos, atacando a planta de dentro para fora.
- Os sintomas iniciais aparecem nas folhas e no caule, que ficam moles, escurecidos e perdem a firmeza; a intervenção rápida é fundamental ao notar esses sinais.
- O tratamento envolve remover as partes comprometidas, aplicar canela em pó nos cortes e permitir a cicatrização antes de replantar em substrato seco e bem drenado.
- Para prevenir o problema, use substrato adequado, vasos com boa drenagem, evite colocar pratinho por baixo e regue apenas quando o solo estiver totalmente seco.
- De acordo com a jardineira Mel Maria, a observação constante da planta e a adaptação dos cuidados ao ambiente, garantindo iluminação e ventilação corretas, são essenciais.
O aspecto atraente de suculentas e cactos pode mascarar uma vulnerabilidade que muitos só percebem quando já há danos: a podridão nas raízes. Essa doença, frequentemente provocada por excesso de umidade e fungos, compromete a planta internamente e pode permanecer sem sinais visíveis nas folhas até estar bastante avançada.
Com atenção e práticas adequadas de manejo, é possível detectar os indícios cedo e reverter a situação antes que a planta entre em colapso. Embora essas espécies sejam vistas como de cultivo simples, elas demandam cuidados específicos, sobretudo quanto ao tipo de solo e à frequência de rega.
Entendendo o que é a podridão de raízes
A podridão corresponde à degradação dos tecidos radiculares causada, na maioria dos casos, por fungos como Fusarium e Pythium, que proliferam em substratos mal drenados ou submetidos a regas excessivas. Apesar de suculentas e cactos serem adaptados a solos secos e pobres, muitos cultivadores ainda optam por substratos inadequados ou mantêm os vasos em locais com pouca circulação de ar, favorecendo o surgimento da doença.
Como identificar que algo está errado:
Os primeiros indícios costumam surgir nas folhas ou no caule: tecidos amolecidos, manchas escuras, perda de firmeza e coloração fosca. Em cactos, a base pode apresentar aspecto encharcado, amolecimento e odor desagradável. Nas suculentas, folhas que se desprendem com facilidade e mudam do verde para tons marrons ou negros sinalizam possível comprometimento radicular.
Nesse momento, recomenda-se retirar a planta do vaso com cuidado para inspecionar as raízes. Raízes com coloração escura, textura viscosa e cheiro forte indicam podridão bem instalada. A rapidez na intervenção aumenta consideravelmente as chances de recuperação.
Etapas para tratar suculentas e cactos com fungos
A recuperação exige poda das partes afetadas, desinfecção e replantio. Inicialmente, retire totalmente as seções comprometidas — tanto raízes quanto folhas ou caules doentes — utilizando lâmina esterilizada. Em seguida, aplique canela em pó sobre os cortes, pois o produto possui ação antifúngica natural e auxilia na cicatrização dos tecidos.
Após a poda e a aplicação da canela, a planta precisa ficar em local seco e ventilado por pelo menos dois dias para cicatrizar antes de ser replantada em substrato novo. O vaso deve apresentar boa drenagem e é recomendável uma camada de argila expandida ou pedrisco no fundo. Não reutilize o mesmo substrato, já que ele pode permanecer contaminado.
Evitando que o problema volte
Além do tratamento, é essencial revisar as práticas de cultivo. Utilizar substratos específicos para suculentas e cactos — compostos por areia grossa, perlita e casca de pinus — aumenta a aeração e diminui o risco de encharcamento. Escolher vasos com furos adequados e evitar o uso de pratinho que acumule água é fundamental.
Observar as condições do ambiente também é recomendação-chave: locais excessivamente úmidos, sombreados ou com pouca circulação de ar favorecem fungos. O ideal é proporcionar luz natural intensa e intervalos secos entre as regas, ajustando os cuidados conforme o microclima do local.








