O programa Acredita no Primeiro Passo, lançado pelo governo federal para estimular inscritos no Cadastro Único a elevarem sua condição financeira, já atendeu 926 pessoas no Espírito Santo.
No Estado, foram destinados mais de R$ 9 milhões em operações de microcrédito, com média de R$ 9,8 mil por operação.
Em nível nacional, a iniciativa contabiliza mais de 169 mil operações de microcrédito e registra repasses superiores a R$ 1,5 bilhão a famílias do CadÚnico em um período de um ano.
As mulheres, prioridade dessa política pública, receberam 68% dos recursos; no Espírito Santo, entre os beneficiários havia 541 mulheres e 385 homens.
Juntamente com o Agroamigo, programa pioneiro de Microcrédito Produtivo Rural, e o Procred, voltado a Microempreendedores Individuais (MEIs) e microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil, os investimentos federais alcançam R$ 11 bilhões.
Em 2023, ainda antes da incorporação do programa pela Lei nº 14.995, já se notava o impacto: do total de postos de trabalho gerados no país, 1,05 milhão (53%) foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família e 418 mil (21%) por demais inscritos no CadÚnico, totalizando 74% das novas contratações.
Com o lançamento do Acredita no Primeiro Passo em 2024, a presença desses públicos cresceu de modo expressivo: aproximadamente 98,8% dos empregos gerados foram ocupados por pessoas inscritas no CadÚnico, sendo 75,5% desses por beneficiários do Bolsa Família.
Entre janeiro e agosto de 2025, o Caged registrou 1,5 milhão de empregos formais, dos quais 1,25 milhão (83%) foram conquistados por inscritos no CadÚnico, incluindo 912 mil beneficiários do Bolsa Família.
Esses indicadores representam uma transformação estrutural: o trabalhador de baixa renda, antes desconsiderado, passa a ocupar papel central em uma nova etapa da economia nacional, mais inclusiva e justa.
Luiz Carlos Everton, secretário de Inclusão Socioeconômica do MDS
Bolsa Família
O aumento de renda resultante da contratação formal, da abertura de pequenos negócios ou da melhora das condições financeiras do domicílio fez com que 2 milhões de famílias deixassem de receber o Bolsa Família entre janeiro e outubro de 2025, segundo a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do MDS.
Das mais de 2,06 milhões de famílias que interromperam a dependência do programa neste ano, a maior parte, 1,31 milhão, saiu do benefício em razão do aumento dos ganhos totais no domicílio.
Outras 24.763 famílias optaram pelo desligamento voluntário, enquanto 726.799 concluíram o período previsto na Regra de Proteção, mecanismo que permite ao beneficiário receber metade do valor do Bolsa Família por até 12 meses, mesmo após ultrapassar o limite de R$ 218 mensais per capita.
Com o apoio da rede federal de ensino técnico e profissionalizante e de instituições parceiras privadas, o Acredita promove formação voltada às vocações econômicas de cada território, estimulando o crescimento aliado ao desenvolvimento social.
Também foram ocupadas 560.660 vagas de qualificação profissional em todo o país por pessoas inscritas no CadÚnico.
