Carlos Roberto Ferreira Lopes foi preso por prestar informações falsas à CPI do INSS, mas recuperou a liberdade no mesmo dia.
A prisão do presidente da Conafer foi determinada pelo senador Carlos Viana, que preside a CPMI do INSS. Lopes foi solto no mesmo dia. Viana é filiado ao Podemos de Minas Gerais.
Segundo o Metrópoles, Lopes compareceu à Polícia Legislativa do Senado para depor, pagou uma fiança não divulgada na madrugada de terça-feira (30 de setembro de 2025) e foi liberado.
Acusações e contradições
O relator Alfredo Gaspar (União-AL) apontou Lopes como um dos responsáveis por articular irregularidades no INSS. Após nove horas de depoimento na segunda-feira (29 de setembro), Viana determinou sua prisão.
O parlamentar justificou a decisão com base no artigo 342 do Código Penal, que trata de falsidade testemunhal em situação flagrante.
O senador afirmou: “O depoente ocultou informações intencionalmente, apresentou inconsistências em várias respostas e, mesmo quando reinterrogado pelo relator e por outros membros da comissão, manteve suas declarações”.
Gaspar complementou: “As contradições demonstram mentiras propositais e ocultação de fatos, com o objetivo de atrapalhar o andamento das apurações”.
Antes da detenção, Lopes negou qualquer participação em fraudes contra aposentados e disse desconhecer operações suspeitas envolvendo a Conafer.
Outras prisões relacionadas
No dia anterior (28 de setembro), a 2ª Turma do STF manteve a prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e do empresário Maurício Camisotti. Ambos são investigados por suposto desvio de verbas previdenciárias. Os ministros Nunes Marques, Edson Fachin e André Mendonça (relator) votaram pela permanência da medida. Gilmar Mendes se declarou impedido de participar da análise.








