O relator da CPI que apura a fraude bilionária nas aposentadorias criticou Vinícius Marques de Carvalho por não informar o Poder Executivo.
O titular da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, afirmou, durante sessão da CPMI do INSS, que não poderia ter comunicado o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as fraudes em benefícios, pois isso poderia atrapalhar as apurações.
“O procedimento adotado quando auditorias se transformam em inquérito policial exige sigilo. À função que exerço competia, inclusive, assegurar que a investigação transcorresse com a máxima eficiência. Por isso, era minha obrigação funcional não revelar informações que pudessem ser utilizadas em uma investigação a qualquer pessoa”, disse Carvalho.
O relator da comissão, Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), reprochou a postura do ministro por não comunicar o Executivo, atribuição que lhe cabia. As audiências realizadas pela CGU ajudaram a identificar os descontos irregulares, o que levou à operação Sem Desconto, conduzida pela PF (Polícia Federal).
A CPMI foi articulada pela oposição para apurar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. A comissão é composta por 16 deputados e 16 senadores titulares, distribuídos proporcionalmente segundo o tamanho das bancadas na Casa.








