O feminicídio da jovem Júlia de Paula Barbosa, ocorrido em Cariacica no último sábado (4), foi destacado em pronunciamento realizado pela deputada Janete de Sá (PSB) durante sessão extraordinária na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (6). A parlamentar enfatizou a necessidade de fortalecer a rede de atendimento às mulheres no Espírito Santo, visando prevenir feminicídios e garantir suporte eficiente às vítimas.
Segundo Janete de Sá, o assassinato de Júlia representa um símbolo doloroso das falhas persistentes na proteção das mulheres, mesmo diante de legislação rigorosa. A deputada ressaltou que o feminicídio configura o ápice da violência de gênero e expressa uma manifestação letal do machismo, apontando que Júlia foi vítima de um crime de ódio relacionado ao controle sobre o corpo feminino. Dados do Anuário de Segurança Pública do Instituto Jones dos Santos Neves indicam aumento nos casos de feminicídio em 2024, totalizando 39 ocorrências contra 35 em 2023, com predominância de vítimas entre 20 e 30 anos.
Como solução, Janete propôs o fortalecimento das delegacias especializadas, centros de referência e das Patrulhas Maria da Penha, além da ampliação das ações educativas em escolas, com o objetivo de conscientizar crianças e jovens sobre a importância do combate à violência de gênero. Destacou-se a necessidade de frequentes atualizações e investimentos para reduzir os índices e enfrentar o flagelo social que afeta as mulheres do Espírito Santo.
Na mesma sessão, o deputado Coronel Weliton (PRD) abordou a situação dos Conselhos Tutelares municipais, ressaltando a urgência de ampliar recursos para efetivos, instalações, comunicação, veículos e capacitação permanente. O parlamentar reforçou que tais órgãos devem receber respeito e apoio dos gestores municipais, visando garantir autonomia e qualidade no atendimento à sociedade capixaba.
A deputada Camila Valadão (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos, mencionou a indicação encaminhada ao governo estadual para realização de concurso público no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). Camila apontou déficit de profissionais nas unidades prisionais e socioeducativas, bem como o alto número de servidores temporários, incluindo agentes, assistentes sociais, psicólogos, advogados e pedagogos. Segundo a parlamentar, a contratação efetiva é essencial para aprimorar o atendimento socioeducativo, ressaltando a expectativa pela publicação do edital do concurso e a necessidade de profissionais qualificados de modo permanente.
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