5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Moradores questionam mergulhão em debate na Ales

A construção de mergulhões no cruzamento das avenidas Norte-Sul e Dante Michelini, em Jardim Camburi, Vitória, voltou a ser tema de discussão nesta quarta-feira (3). O debate ocorreu na Tribuna Popular da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), durante a fase destinada à sociedade civil na sessão ordinária.

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A obra, orçada em R$ 77,5 milhões, tem previsão de conclusão em dois anos e meio. Segundo a Prefeitura de Vitória, as intervenções buscam melhorar o trânsito na região. Dois moradores de Jardim Camburi participaram da Tribuna Popular: o consultor de empresas José Bicalho Júnior e a ex-presidente da Associação dos Moradores de Jardim Camburi, a professora Arlete Pereira, convidada pela deputada Iriny Lopes (PT).

Críticas à obra

José Bicalho criticou o projeto, afirmando que ele beneficiará apenas os veículos em detrimento das pessoas. “A única coisa que essa obra vai fazer é antecipar em 60 segundos a chegada dos motoristas ao próximo congestionamento, no entroncamento com a avenida Adalberto Simão Nader. É uma obra que está na contramão do que se discute no mundo, priorizando os veículos em detrimento das pessoas, que não terão acesso à praia num trecho de quase um quilômetro”, disse.

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Arlete Pereira questionou o valor investido e a falta de diálogo com a comunidade. “Falta diálogo com a comunidade. A prefeitura só se comunica por meio da imprensa e de fotos, não apresenta detalhes. Nunca realizou uma audiência pública. Quando a comunidade se reuniu e a convidou, ela não compareceu”, afirmou.

Encontros com a comunidade

A Prefeitura de Vitória informou que foram realizados seis encontros com a comunidade, incluindo cinco reuniões e uma audiência pública para discutir as obras do mergulhão. Esses eventos ocorreram no Ministério Público, na sede da Associação Comunitária de Jardim Camburi, em condomínios próximos ao canteiro de obras, na Secretaria Municipal de Obras e na Câmara de Vitória.

Nessas ocasiões, foram apresentados os projetos, estudos de tráfego, impacto no trânsito e as licenças ambientais necessárias para as obras.

Poluição do ar

Também foi apresentada, pela primeira vez, a pesquisa de doutorado de José Gustavo da Costa, realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo revelou que 44% das emissões vêm de atividades industriais, 23% de ressuspensão de vias, 15% de emissões veiculares e o restante de outras fontes.

Os resultados foram apresentados pelo advogado e ex-vereador André Moreira, autor da Lei Municipal 10.011/2023. A legislação estabelece tolerância de 5g de poeira por metro quadrado em 30 dias para áreas residenciais e comerciais na capital capixaba.

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