O Supremo Tribunal Federal, por meio de seu ministro Alexandre de Moraes, formalizou o pedido de extradição de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor atualmente residente na Itália e acusado de quatro crimes pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O processo já tramita junto aos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, visando o contato oficial com as autoridades italianas para dar prosseguimento ao pedido.
A solicitação de extradição foi registrada no início da semana, antes mesmo da denúncia formalizada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. As investigações contra Tagliaferro tiveram início após reportagens apontarem que o gabinete de Moraes teria solicitado informalmente a produção de relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fundamentar decisões em inquéritos de grande repercussão, especialmente envolvendo notícias falsas em 2022.
Segundo informações divulgadas, a defesa de Tagliaferro refutou veementemente as acusações, classificando o processo como perseguição motivada pela exposição de fatos relevantes. Os representantes legais do ex-assessor ainda associaram o caso à série de vazamentos conhecida como “Vaza Toga”, em referência a episódios anteriores que expuseram mensagens internas da magistratura.
Na sexta-feira (22), a PGR denunciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. Tais acusações se seguiram ao indiciamento realizado pela Polícia Federal em abril, com o ministro Moraes atuando como relator.
Durante as apurações, foi determinado o acesso ao conteúdo do celular de Tagliaferro, que teria informado terceiros sobre o repasse de informações à imprensa, detalhando interações e documentos do período em que atuou no TSE. O ex-assessor ganhou notoriedade entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro por divulgar mensagens atribuídas ao ministro Moraes, alimentando críticas acerca de sua imparcialidade em processos de grande relevância política.
A Procuradoria-Geral da República argumenta que Tagliaferro utilizou informações confidenciais obtidas em razão do cargo para obstruir investigações e favorecer interesses pessoais e de terceiros. Após deixar o Brasil, Tagliaferro reside na Itália, onde, segundo apuração, prepara denúncia contra o ministro perante o Parlamento Europeu. Para as autoridades brasileiras, sua mudança demonstra alinhamento com organizações envolvidas em atos antidemocráticos.
Consta ainda na denúncia que Tagliaferro teria realizado, em território estrangeiro, anúncio público (30.07.2025) de sua intenção de divulgar novas informações sigilosas, além de lançar campanha para arrecadação de recursos, fato que, segundo a PGR, serviria aos propósitos de incitação a novos atos antidemocráticos e disseminação de desinformação contra a Suprema Corte.
A reportagem também indica que foram obtidos mais de seis gigabytes de mensagens e arquivos trocados por auxiliares do ministro, incluindo Tagliaferro, por meio do WhatsApp. Em nota oficial, o gabinete de Moraes afirmou que todos os procedimentos realizados seguem as normas, são documentados e contam com a participação da Procuradoria-Geral da República.
Até o momento, a defesa de Tagliaferro não se pronunciou oficialmente sobre o novo estágio do processo, mas reiterou que o ex-assessor nega qualquer envolvimento em vazamentos ou ações ilícitas.
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