Dezessete dos 21 vereadores atualmente em exercício na Câmara Municipal de Vitória requisitaram e já estão recebendo o tíquete-refeição no valor de R$ 1.250, benefício instituído por iniciativa dos próprios parlamentares no início do mês. O tíquete, que inclui pagamento de 13º, foi aprovado em regime de urgência logo após o reajuste do salário dos vereadores, atualmente fixado em R$ 17.680.
A concessão do benefício gerou questionamentos e críticas quanto à coerência dos parlamentares em suas decisões. A Diretoria de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas (DRHGP) tornou pública a relação dos vereadores que solicitaram e daqueles que recusaram o tíquete-refeição. Destaca-se o caso do vereador Professor Jocelino (PT), que votou contra a criação do benefício, mas consta entre os que requisitaram o valor. Por outro lado, Ana Paula Rocha (PSOL), que também se manifestou contrária durante a votação, manteve a coerência e não solicitou o benefício.
Há ainda vereadores que, mesmo votando favoravelmente à medida, decidiram abrir mão do tíquete, como Bruno Malias (PSB) e Aloísio Varejão (PSB).
Relação dos vereadores que solicitaram o tíquete-refeição de R$ 1.250:
- Anderson Goggi (PP) – presidente da Câmara
- André Brandino (Podemos)
- Armandinho da Federal (PL)
- Aylton Dadalto (Republicanos)
- Baiano do Salão (Podemos)
- Camillo Neves (PP)
- Dalto Neves (Solidariedade)
- Dárcio Bracarense (PL)
- Davi Esmael (Republicanos)
- João Flávio (MDB)
- Luiz Emanuel (Republicanos)
- Luiz Paulo Amorim (PV)
- Mara Maroca (PP)
- Maurício Leite (PRD)
- Pedro Trés (PSB)
- Professor Jocelino (PT)
- Raniery Ferreira (PT), atualmente exercendo mandato em substituição a Karla Coser (PT)
Vereadores que não solicitaram o tíquete-refeição:
- Aloísio Varejão (PSB)
- Ana Paula Rocha (PSOL)
- Bruno Malias (PSB)
- Karla Coser (PT) – em licença-maternidade
- Leonardo Monjardim (Novo)
O episódio vai além do impacto financeiro nos cofres públicos, ampliando o debate sobre a coerência e a moralidade das decisões parlamentares, especialmente quando há divergência entre o voto no plenário e a conduta individual diante de benefícios. Vale ressaltar que os vereadores que inicialmente abriram mão do tíquete têm, a qualquer momento, a possibilidade de solicitar o benefício, conforme previsto na regra vigente.








