Vitor De Angelo, secretário de Educação do Espírito Santo, oficializou sua intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026, encerrando um ciclo de mais de cinco anos à frente de uma das pastas mais importantes do governo estadual. A decisão marca sua transição do ambiente acadêmico e técnico para a esfera política, com o objetivo de transformar sua experiência em políticas públicas em capital político.
Trajetória na gestão pública
Durante sua gestão, Vitor De Angelo foi responsável por uma série de avanços na educação pública do estado. A Secretaria de Educação, segunda maior em orçamento no Espírito Santo, registrou resultados significativos, incluindo:
– Implantação de mais de 200 escolas de tempo integral;
– Apoio estratégico às redes municipais de ensino;
– Elevação nos indicadores do IDEB, colocando o Espírito Santo entre os estados com melhores resultados no ensino médio no Brasil.
Esses feitos consolidaram a pasta como um dos pilares da atual gestão estadual, sob comando do governador Renato Casagrande (PSB).
Motivação e apoio político
Segundo o secretário, a decisão de concorrer ao cargo federal foi amadurecida em diálogo com o governador, que teria incentivado a candidatura para garantir a continuidade das políticas educacionais da atual gestão. Nos bastidores, a movimentação é interpretada como parte de uma estratégia ampla para fortalecer a base governista nas eleições de 2026.
O cenário político estadual está sendo redesenhado, com expectativas de Renato Casagrande como pré-candidato ao Senado e do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) como possível nome para disputar o governo do estado. A entrada de Vitor De Angelo na disputa pela Câmara dos Deputados se soma ao esforço para ampliar a presença do grupo político em diferentes frentes institucionais.
Alinhamento partidário
Apesar de ainda não ter anunciado filiação partidária, Vitor De Angelo sinalizou que deve integrar uma sigla alinhada ao campo progressista e democrático, em consonância com o grupo político liderado por Casagrande. Ele reconhece que o atual cenário político exige carisma e apelo popular, mas aposta na experiência técnica e na capacidade de diálogo como fatores que podem diferenciá-lo em um ambiente marcado por disputas acirradas.
Implicações para 2026
A candidatura de Vitor De Angelo reforça a estratégia do núcleo político da atual gestão estadual de garantir espaços institucionais relevantes, abrangendo o Senado, o Executivo estadual e a Câmara Federal. Sua saída da Secretaria de Educação abre espaço para reestruturações internas, ao mesmo tempo em que adiciona uma voz técnica ao processo eleitoral.
Com essa movimentação, o Espírito Santo começa a desenhar seu tabuleiro político para as eleições de 2026, com ações voltadas para consolidar legados e ampliar a representatividade da atual gestão em diferentes esferas de poder.
