O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deflagrou a Operação Sangria, que resultou no afastamento e detenção de três servidores públicos da Câmara Municipal de Rio Novo do Sul, localizada na região Sul do estado. Entre os acusados estão o vereador Rodolpho Longue Diir (Republicanos), reeleito em 2022, e outros dois funcionários públicos. Segundo as investigações, os envolvidos desviaram mais de R$ 545 mil dos cofres municipais e causaram danos extrapatrimoniais estimados em mais de R$ 1 milhão.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Leandro José dos Santos Santana, enquanto o vereador Rodolpho Longue Diir e o servidor público Daniel da Silva foram submetidos ao uso de tornozeleiras eletrônicas como parte das medidas cautelares. De acordo com o MPES, as irregularidades ocorreram principalmente durante o período em que Rodolpho Longue Diir presidiu a Câmara Municipal, nos anos de 2023 e 2024.
Acusações e crimes
O Ministério Público denunciou os três investigados pelos seguintes crimes:
– Rodolpho Longue Diir: Associação Criminosa, Peculato e Não Repasse de Contribuições à Seguridade Social.
– Leandro José dos Santos Santana: Associação Criminosa, Peculato, Não Repasse de Contribuições à Seguridade Social, Falsificação de Documento Público e Peculato Digital.
– Daniel da Silva: Associação Criminosa e Peculato.
Além das denúncias, foram apreendidos computadores, celulares e documentos que reforçam as evidências já coletadas durante a operação. O MPES também solicitou à Justiça que os envolvidos sejam condenados a reparar os prejuízos financeiros causados à Câmara Municipal, calculados até o momento em R$ 545 mil, além de danos morais coletivos no valor de R$ 1 milhão. O órgão requereu ainda a perda dos bens adquiridos pelos acusados com recursos provenientes dos crimes.
Desdobramentos
O presidente da Câmara Municipal, vereador Nego Lucas (Podemos), afirmou que a Casa ainda não foi oficialmente notificada sobre o caso e, por isso, não emitirá qualquer posicionamento. A reportagem segue tentando contato com os acusados para obter suas declarações.
As investigações continuam, e o MPES reforça o compromisso de garantir a transparência e responsabilização daqueles que causaram prejuízos ao município de Rio Novo do Sul.