14 de junho de 2025
sábado, 14 de junho de 2025

Oposição à proteção ambiental tenta silenciar Marina

A naturalização da violência política de gênero, aliada à oposição legislativa às políticas de proteção ambiental defendidas pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está no cerne dos ataques verbais sofridos pela política durante a audiência na Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado. Especialistas analisaram o episódio, ressaltando a complexidade e os riscos enfrentados por quem defende causas ambientais no Brasil.

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Violência Política no Senado

Durante a audiência marcada por agressões verbais, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou que Marina não merecia respeito, enquanto Marcos Rogério (PL-RO) insistiu que a ministra deveria “se colocar no seu lugar”. Esses comentários refletem uma cultura de deslegitimação das vozes femininas na política.

A Perspectiva das Especialistas

A professora Flávia Biroli, da Universidade de Brasília (UnB), comentou que esses ataques são indicativos de uma história de ameaças e violações enfrentadas por aqueles que defendem os direitos ambientais no país. “A ministra representa uma posição difícil para quem vê os recursos ambientais como lucro. Sua trajetória de ativismo também a coloca em um papel relevante na regulação ambiental, incomodando aqueles que preferem silenciar essa agenda”, destacou.

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Consequências para a Proteção Ambiental

Em 2022, o Brasil foi o segundo país que mais assassinou defensores do meio ambiente. Essa situação se agrava em um momento em que o Senado acaba de aprovar um projeto antigo que flexibiliza o licenciamento ambiental, considerado um retrocesso significativo para as políticas de proteção.

Violência de Gênero e Críticas ao Tratamento da Ministra

O conflito se intensificou quando o senador Omar Aziz (MDB-AM), parte da base governista, acusou Marina de travar o progresso do país. As interrupções por parte de Aziz resultaram em um acalorado debate. Marcos Rogério, presidente da Comissão, não garantiu a palavra da ministra e fez comentários desrespeitosos, o que foi percebido como uma evidente violência política de gênero, segundo a pesquisadora Michelle Fernandez. “O tratamento diferenciado revela uma visão de que certos espaços não são para mulheres”, afirmou.

Falta de Apoio e o Papel das Mulheres na Política

A falta de uma defesa mais incisiva durante o debate evidenciou um padrão de tratamento desleal. Apenas a senadora Eliziane Gama (PSD-AM) se manifestou em defesa da ministra, solicitando que ela tivesse o direito de se expressar. Críticas sobre a naturalização desse tipo de tratamento às mulheres na política foram levantadas, destacando a necessidade de práticas mais respeitosas e inclusivas.

Reações Governamentais

Após os ataques, o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), não falou durante a audiência, mas posteriormente criticou os ataques à ministra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou apoio a Marina, validando sua decisão de deixar a Comissão. Essa ação é emblemática em um contexto onde a luta por uma agenda ambiental equilibrada enfrenta tais desafios.

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