A presença de Lula na Rússia durante as celebrações do Dia da Vitória gera preocupações entre analistas sobre o impacto na democracia. A participação do presidente brasileiro em um evento que remete à Segunda Guerra Mundial e à luta contra o nazifascismo é vista como uma mensagem controversa em um contexto global marcado pelo fortalecimento da extrema direita.
A extrema direita global
Atualmente, a extrema direita apresenta uma incidência significativa em vários países. A ascensão de líderes como Donald Trump nos EUA, Marie Le Pen na França e Viktor Orbán na Hungria destaca essa tendência. Recentemente, a Alternativa para a Alemanha (AfD), um partido com fortes inclinações extremistas, conquistou o segundo lugar nas eleições alemãs, evidenciando o crescimento desse fenômeno.
Implicações para a democracia
Analistas apontam que a presença de Lula nesses eventos pode ser interpretada como uma forma de legitimização de regimes que, por sua vez, ameaçam valores democráticos. O desafio de formar um governo na Alemanha, após a vitória de um partido que ascende ao extremismo, ressalta a fragilidade das democracias modernas.
Ao se associar a eventos dessa natureza, o Brasil pode enviar uma mensagem ambígua, especialmente em um contexto onde muitos países estão lutando para preservar suas instituições democráticas.
Dessa forma, a participação de Lula no Dia da Vitória na Rússia não apenas levanta questões sobre a política interna do Brasil, mas também sobre a posição do país em um cenário internacional cada vez mais polarizado.