O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou suas condolências pela morte de Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau, que faleceu na terça-feira, dia 15, aos 92 anos. Após um longo período de internação e cirurgias, Dom Angélico estava recebendo cuidados em sua residência, localizada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Zatt, na Arquidiocese de São Paulo.
Tragédia e legado
“Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento do querido Dom Angélico, que dedicou sua vida à solidariedade e ao amor ao próximo, como nos ensinou Jesus Cristo”, afirmou Lula em sua nota de pesar. A relação entre o presidente e Dom Angélico era bastante próxima; o bispo celebrou casamentos e batizados de seus filhos e netos, além de conduzir a cerimônia de matrimônio de Lula com Janja da Silva.
Memórias e ensinamentos
Lula ressaltou a trajetória conjunta que teve com Dom Angélico nas lutas sociais e políticas do Brasil. “Das greves dos trabalhadores em São Paulo nas décadas de 70 e 80, passando por momentos históricos da luta pela redemocratização e pela justiça social no nosso país, estivemos sempre juntos do lado da verdade e do bem comum. Guardo as lembranças do grande amigo que fez da ternura e da bondade os princípios que guiaram sua vida. ‘Amai-vos e não armai-vos’ era sua lição para todos nós”, completou o presidente.
Recentemente, Lula e Janja visitaram Dom Angélico em São Paulo, uma demonstração da amizade e respeito que nutriram ao longo dos anos.
Biografia de Dom Angélico
Dom Angélico nasceu em Saltinho, São Paulo, em 19 de janeiro de 1933, e foi ordenado sacerdote em 12 de julho de 1959. Sua trajetória na Igreja Católica ganhou destaque quando, em dezembro de 1974, foi nomeado Bispo Auxiliar de São Paulo pelo Papa Paulo VI. Recebeu a ordenação episcopal em 25 de janeiro de 1975, na Catedral da Sé, pela imposição das mãos de Dom Paulo Evaristo Arns. O legado do bispo é marcado por sua dedicação à justiça social e à espiritualidade.