quarta-feira, 23 de abril de 2025

Braga acampa na Câmara durante greve de fome após votação do Conselho sobre cassação

O deputado federal Glauber Braga, do PSOL-RJ, realizou uma greve de fome e acampou no plenário 5 do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, após a aprovação, pelo Conselho de Ética, de um parecer que solicita a cassação do seu mandato. O resultado da votação foi de 13 votos a favor e 5 contra.

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Acusado de agredir um militante de extrema-direita, Braga alega ser alvo de perseguição política por suas denúncias sobre o Orçamento secreto. Desde a madrugada de quinta-feira, 10 de outubro, ele se mantém no plenário, abdicando da alimentação e comunicando-se esporadicamente com a imprensa para preservar suas energias.

Braga começou a greve de fome na noite de terça-feira, 8 de outubro, não tendo conseguido se alimentar antes da sessão do Conselho de Ética devido à ansiedade. Ele comentou que, até o momento, já estava há mais de 30 horas sem ingerir alimentos sólidos, apenas líquidos. Em suas redes sociais, afirmou que essa ação é uma resposta à tentativa de lhe derrotar politicamente.

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Sua assessoria informou que, apesar da greve de fome, ele está recebendo acompanhamento médico, com pressão arterial normal e mantendo um peso de 91,7 quilos. Na manhã do dia 10, Braga consumiu dois copos de isotônico e água.

A deputada federal Luiza Erundina, do PSOL-SP, inicialmente anunciou sua intenção de se juntar à greve, mas foi persuadida a optar por outras formas de protesto.

Denúncia de perseguição política

A greve de fome de Glauber Braga visa expor a alegada perseguição política que enfrenta. Ele teme que o processo, que já se arrasta por mais de um ano, seja atrasado indefinidamente. O deputado está respondendo a uma representação do partido Novo, referente a uma agressão a um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), que o ofendera previamente. Braga considera essa punição injusta, mencionando casos semelhantes que não resultaram em sanções tão severas.

O deputado argumenta que as motivações por trás do processo envolvem manobras políticas de Arthur Lira, ex-presidente da Câmara, e Paulo Magalhães, relator do caso. Segundo Braga, haveria troca de favores em relação ao Orçamento secreto, o que ele denuncia como um cerceamento de sua atuação política.

Braga anunciou que apresentará apelação à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso a CCJ mantenha a decisão do Conselho de Ética, a situação ainda deverá ser analisada pelo plenário da Casa. Os partidos PT e PSOL já manifestaram sua intenção de obstruir os trabalhos da Câmara em protesto contra a decisão.

Debate sobre o Orçamento secreto

Como crítico do Orçamento secreto, Glauber Braga foi um dos principais vozes contra essa prática, que permite a execução de recursos públicos sem transparência sobre os responsáveis e destinos das emendas parlamentares. O PSOL questionou essa prática no Supremo Tribunal Federal, o qual exigiu maior clareza nas movimentações financeiras, levando o Congresso a alterar algumas regras.

Arthur Lira, por sua vez, negou as acusações feitas por Braga e destacou que a iniciativa contra ele partiu do partido Novo. O deputado foi criticado por suas insinuações sobre irregularidades e foi advertido de que qualquer alegação sem provas plausíveis poderia resultar em ações judiciais.

A equipe de Paulo Magalhães, responsável por relatar o processo de cassação, não se manifestou sobre as acusações feitas por Glauber durante as sessões do Conselho de Ética, reafirmando que o relator optou por não debater as acusações no momento.


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