No dia 21, a Polícia Federal (PF) indiciou 37 pessoas por envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no cargo. Dentre os indiciados, 12 são militares do Exército ainda na ativa, incluindo um general de brigada, quatro coronéis, seis tenentes-coronéis e um subtenente.
Identidade dos militares indiciados
A lista de militares indiciados é composta por:
- General Nilton Diniz Rodrigues
- Coronéis:
- Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
- Anderson de Lima Moura
- Bernardo Romão Correa Netto
- Fabrício Moreira de Bastos
- Tenentes-coronéis:
- Guilherme Marques Almeida
- Hélio Ferreira Lima
- Mauro Cid
- Rafael Martins de Oliveira
- Ronald Ferreira De Araujo Junior
- Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
- Subtenente: Giancarlo Gomes Rodrigues
Vencimentos dos militares
Conforme informações do Portal da Transparência, os vencimentos mensais dos 12 militares totalizam R$ 173.288,86. O general Rodrigues percebe o maior salário, no valor de R$ 24.073,62, enquanto o subtenente Gomes recebe R$ 9.510,65.
Military em função no exterior
O coronel Fabrício Moreira de Bastos, que exerce suas funções como adido militar em Tel-Aviv, Israel, tem um salário que gira em torno de US$ 7.166,62, correspondendo a mais de R$ 41,5 mil à taxa de câmbio atual. Este militar foi condecorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro do ano anterior por suas contribuições em uma missão de repatriação de cidadãos brasileiros em Israel.
Relatório da Polícia Federal
O relatório da PF, que se destinou ao Supremo Tribunal Federal (STF), possui mais de 800 páginas. Nele estão abrangidas apurações resultantes das operações Tempus Veritatis e Contragolpe, cujos detalhes tiveram o sigilo revogado nesta terça-feira, 26.
Crimes investigados e mais indiciados
O documento classifica Bolsonaro e outros 36 envolvidos como responsáveis por crimes relacionados a golpe de Estado, organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Entre os indiciados estão nomes como os generais Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, além de aliados políticos e militares próximos a Bolsonaro.
Estratégia de defesa do ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter discutido a possibilidade de um golpe de Estado para impedir a posse do atual presidente, afirmando que apenas considerou “todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas”. Ele ressaltou que uma tentativa de golpe exigiria a participação de todas as Forças Armadas e afirmou que não houve planos concretos para tal ação.