O morro da Fonte Grande é um bairro dono de um potencial turístico a ser explorado. O bairro, um dos mais tradicionais de Vitória, fica aos pés das torres de televisão, no coração do Centro de Vitória, no maciço central da Ilha.
Em comemoração ao aniversário de 472 anos de Vitória, o nosso jornalismo decidiu fazer um passeio diferente. Um passeio de morador, ou como se diz nas comunidades, um passeio de “cria”.
Nosso giro começa na praça Costa Pereira em direção à Rua 7. Da rua até o morro, são pouco mais de 10 minutos. Pouco tempo de subida e a vista já se transforma.
Antes que você se questione se é um passeio perigoso, a reposta é não. A Fonte Grande é uma comunidade pequena, que apesar de ter tido um passado violento, hoje está livre do tráfico de drogas.
Becos arborizados, floridos em um bairro que não se encontra uma sujeira no chão. Logo no primeiro acesso ao morro, depois da quadra onde a escola de samba Piedade ensaia, a fonte que leva o nome do bairro. O local também é tradicional pela devoção à São Benedito.

A comunidade é bem cuidada. Moradores receptivos. Tudo muito tranquilo. Mas a parte do morro é rápida. Em menos de 10 minutos, saímos da parte urbana e entramos na área de mata.
Casas na mata
Apesar de tudo muito bem cuidado e da mata totalmente preservada, o início do passeio ainda não é na área do parque da Fonte Grande. Lá no alto ainda existem moradores que estão ali gerações e mais gerações.
Em determinados pontos, se olhar para o alto, mal se vê o céu, apenas copas de árvores. Cena típica de mata atlântica. Seguindo alguns metros pela trilha, chegamos no alto do morro, no campinho da Fonte Grande. Nos fins de semana é comum um futebol entre amigos no local.

Acesso às torres
Do campinho até às torres de TV são pouco mais de 10 minutos de caminhada. Ali também começa a área do Parque da Fonte Grande. É dali do campinho também que acessa o bairro Fradinhos, o outro lado do maciço.
Turismo a ser explorado
O passeio para as torres de TV acontecem na maioria das vezes pelo acesso tradicional, no bairro Universitário, do outro lado da Ilha de Vitória, na região da Grande São Pedro. Mas subir pelo Centro da Capital, além de mais bonito, é também mais rápido.
O passeio é super agradável e seguro. Se ao longo do caminho houvesse uma interação maior com seus moradores, seria melhor ainda. Imagina sair de casa para fazer um passeio desses e no caminho tomar um café pingado ou almoçar uma comidinha caseira.

E no campinho, no alto do morro, que um dia já foi tomado pela violência, tivesse um mínimo em estrutura para receber um turista. Um bar, restaurante, até possibilidades de artes e músicas. A comunidade é também o berço da escola de samba da Piedade.
Morro, samba, comunidade, e um visual bonito. Tem tudo para dar certo. Quando se fala em revitalizar o Centro, de acordo com quem mora e trabalha na região, vai além de criar novas lojas e estacionamentos ao longo das ruas. É envolvimento da comunidade, capacitação de moradores.
O turismo na região do Centro de Vitória vai muito além dos bares, restaurantes e prédios antigos. Visite as comunidades. Vitória é linda mesmo de costas para as praias e de frente para favela.
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