O ano de 2025 marca um avanço significativo para a inclusão das mulheres nas Forças Armadas do Brasil. A partir de 1º de janeiro, mulheres nascidas em 2007 poderão se alistar voluntariamente no Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF), que promove um processo seletivo composto por entrevista, inspeção de saúde e testes físicos. Essa é uma excelente oportunidade para aquelas que desejam contribuir com a defesa do país.
As candidatas terão a liberdade de escolher a força que desejam integrar – Marinha, Exército ou Aeronáutica – com base em suas habilidades e na disponibilidade de vagas. O serviço terá uma duração inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado anualmente, com possibilidade de extensão até oito anos, conforme o interesse mútuo. É importante ressaltar que as mulheres terão acesso aos mesmos benefícios disponíveis para os homens, incluindo remuneração, auxílio-alimentação, contagem de tempo para aposentadoria e licença-maternidade.
Como será o processo de alistamento
O alistamento poderá ser realizado até 30 de junho de 2025, através do site oficial ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar. O programa inicial conta com 1.500 vagas disponíveis em 29 municípios de 14 estados, e as primeiras incorporações estão previstas para 2026.
Após serem aprovadas no processo seletivo, as mulheres ocuparão funções específicas: marinheiras-recrutas na Marinha, soldados no Exército e soldados de segunda-classe na Força Aérea.
Treinamento e benefícios equivalentes
As mulheres que ingressarem nas Forças Armadas passarão por um treinamento físico semelhante ao dos homens, com ajustes de acordo com cada força. Além disso, elas terão a oportunidade de participar de cursos de capacitação profissional oferecidos pelo Projeto Soldado Cidadão, promovendo formação em diversas áreas.
Após o término do serviço ativo, receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço. Assim como os homens, também deverão realizar o Exercício de Apresentação da Reserva (EXAR) por um período de cinco anos após o licenciamento.
O impacto do alistamento feminino nas Forças Armadas
Atualmente, as mulheres correspondem a apenas 10% do efetivo militar brasileiro, ocupando cerca de 37 mil postos. Até então, elas podiam ingressar como oficiais ou sargentos de carreira por meio de concurso público, ou como temporárias. Com o lançamento do SMIF, uma nova porta se abre, permitindo que as mulheres sirvam ao país desde o início da hierarquia militar, aumentando sua presença e representação nas Forças Armadas.