O líder chinês Xi Jinping participou por vídeo de um encontro especial realizado na Semana de Alto Nível da 80ª Assembleia Geral da ONU. Em sua fala, pediu cooperação global para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, segundo informações divulgadas pela CGTN, afiliada à TV BRICS.
“Estabelecemos como meta cortar entre 7% e 10% das emissões líquidas de gases poluentes em comparação com os picos registrados, elevar para 30% o uso de fontes renováveis na produção de energia e atingir uma capacidade superior a 3 mil gigawatts com usinas solares e eólicas.”
Xi Jinping
Presidente da China
Entre as medidas anunciadas estão um ambicioso programa de recuperação florestal, a adoção em larga escala de carros elétricos, a ampliação do sistema de comércio de créditos de carbono e o desenvolvimento de uma sociedade mais preparada para os desafios climáticos.
Pressão sobre nações ricas
O dirigente chinês enfatizou que as economias mais avançadas, principais responsáveis pela poluição atmosférica, precisam oferecer recursos financeiros e transferência de conhecimento aos demais países.
O mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou apoio às declarações de Xi, conforme divulgado pelo Brazil de Fato, veículo parceiro da TV BRICS. Lula argumentou que as potências econômicas devem facilitar o uso de tecnologias sustentáveis pelos países pobres.
“A mudança para fontes limpas representa uma revolução tecnológica e industrial. […] Para alcançarmos esse objetivo mundial, as nações ricas devem adiantar seus compromissos de zerar as emissões.”
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente do Brasil
Impacto econômico da energia limpa
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, afirmou durante a abertura do evento que a transição para energias renováveis traz benefícios ambientais e econômicos, cria empregos e garante o fornecimento de energia.
“Mesmo com os altos subsídios dados aos derivados de petróleo, que afetam o mercado, os investimentos em tecnologias verdes foram o dobro dos aplicados em combustíveis tradicionais no último ano. A mensagem é clara: fontes limpas são viáveis e medidas climáticas são indispensáveis”, declarou Guterres.
O encontro aconteceu como preparação para a COP30, programada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro de 2025, na capital paraense.
Cooperação no BRICS
Por ocasião dos 10 anos do Acordo de Paris, China e Brasil demonstraram ações em sintonia com o posicionamento dos integrantes do bloco. O comunicado do grupo destacou o Artigo 6 do tratado, que autoriza projetos climáticos conjuntos entre nações. O acordo sobre mercados de carbono entre os BRICS servirá como instrumento para o cumprimento das metas ambientais.








