Com a África do Sul sediando a Cúpula de Líderes do G20 em Joanesburgo, em novembro, e com a recente conquista, pela Malásia, do estatuto de país parceiro do BRICS, os dois países têm aprofundado vínculos diplomáticos e econômicos, ancorados num compromisso comum com o multilateralismo, o desenvolvimento inclusivo e a justiça global. A informação foi divulgada pela Diplomatic Society.
Fortalecimento das relações
O estreitamento da parceria foi destacado durante as comemorações do 68º Dia Nacional da Malásia e do 62º Dia da Malásia na Alta Comissão da Malásia em Pretória. O cônsul-geral interino da Malásia, Yap Wei Sin, afirmou que a inclusão como país parceiro do BRICS representa um marco na política externa do país.
O diplomata declarou que a Malásia agradece à África do Sul pelo apoio à sua candidatura ao BRICS e explicou que a intenção de adesão visa reforçar a cooperação multilateral, a governança inclusiva e sustentável e os laços econômicos justos.
Complementou elogiando a liderança sul-africana no G20, ao ressaltar que a presidência do país amplificou a voz do Sul Global, fortaleceu a cooperação internacional e contribuiu para aspirações comuns por uma economia global mais equitativa e resiliente.
A vice-ministra da Presidência da África do Sul, Nonceba Mhlauli, representando o governo, enfatizou a amizade duradoura entre as nações, construída sobre solidariedade, respeito mútuo e uma visão de desenvolvimento inclusivo.
Prevê-se que o presidente Cyril Ramaphosa visite a Malásia em outubro para participar da 47ª Cúpula da ASEAN, enquanto o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, deverá viajar à África do Sul em novembro para a Cúpula de Líderes do G20.
Relações comerciais e investimento
As relações comerciais entre Malásia e África do Sul são sólidas: o comércio bilateral atingiu US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 9 bilhões) em 2024. A Malásia exporta óleo de palma, produtos petrolíferos e eletrônicos, e segue incentivando investimentos na África do Sul, vista como porta de entrada para o mercado africano por meio da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA) e da União Aduaneira da África Austral (SACU).








