17 de junho de 2025
terça-feira, 17 de junho de 2025

Médicos do Mundo denuncia uso da desnutrição aguda como arma de guerra pela Israel

A Faixa de Gaza enfrenta um estado alarmante de desnutrição, comparável a situações extremas observadas em países como Iémen e Nigéria. Após 18 meses de conflito, a situação alimentar da população local se deteriorou drasticamente, de acordo com um relatório da organização Médicos do Mundo (MDM).

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Desnutrição e ajuda humanitária

O relatório, fundamentado em dados coletados de seis centros de saúde em Gaza, destaca a correlação entre o aumento da desnutrição aguda e a diminuição da ajuda humanitária no território. Em um exemplo crítico, novembro registrou uma taxa de desnutrição infantil de 17%, um marco que coincide com a drástica redução dos suprimentos alimentares.

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Os corredores humanitários, essenciais para a entrada de ajuda, são escassos. O ponto de Rafah, fronteira com o Egito, permanece inoperante desde que foi tomado pelo exército israelense em março de 2024. Em especial, desde 2 de março, as travessias foram fechadas pelas autoridades israelenses, buscando pressão sobre o Hamas para a liberação de reféns.

A discografia da ajuda humanitária

Embora o gabinete de segurança israelense afirme haver “suficiente comida” em Gaza, a realidade no campo aponta em outra direção. O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que seus estoques estão esgotados. A MDM critica o uso da fome como uma estratégia em conflitos, enfatizando que a crise atual vai além de uma mera falha humanitária; é uma crise de humanidade.

Impactos nas populações vulneráveis

Dados da MDM revelam que, em abril de 2025, quase 25% das crianças e 20% das mulheres grávidas ou lactantes estavam nos estágios críticos ou extremos de desnutrição. Um relatório recente do IPC (Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar) indica que a Faixa de Gaza enfrenta um “risco crítico de fome”, com 22% da população em risco iminente de uma situação catastrófica.

Entre abril e maio, o consórcio classificou 1,95 milhão de pessoas, representando 93% da população, em situação de “crise” ou pior, com 925 mil indivíduos em emergência e 244 mil em desastre. O cenário é uma chamada urgente à ação para a comunidade internacional, destacando a necessidade de atender às necessidades humanitárias básicas de uma população sofrida.


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