14 de junho de 2025
sábado, 14 de junho de 2025

Colômbia fortalece relações comerciais com a China e pode irritar EUA

Colômbia se aproxima da China em busca de diversificação comercial

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A Colômbia está intensificando seus laços comerciais com a China, buscando diversificar seus mercados e reviver uma economia que enfrenta dificuldades. Essa estratégia, porém, pode desencadear descontentamento nos Estados Unidos, que é o principal aliado comercial do país e se encontra em disputa tarifária com a nação asiática.

Visita a Pequim e nova adesão

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O presidente Gustavo Petro, que marca a primeira liderança de esquerda na Colômbia, embarca em uma visita a Pequim para participar do IV Fórum Ministerial China-Celac. Durante essa viagem, ele deverá formalizar a adesão à iniciativa da Faixa e Rota, uma estratégia de investimento e infraestrutura da China na América Latina.

Repercussões para a relação com os EUA

Entidades empresariais e setores industriais colombianos manifestam preocupação com a possibilidade de que Washington encare essa nova relação com desconfiança. Mauricio Claver-Carone, enviado do Departamento de Estado dos EUA para a América Latina, alertou para o risco que essa aproximação representa para produtos emblemáticos colombianos, como rosas e café, cujo acesso ao mercado norte-americano poderia ser comprometido.

Crescimento das importações da China

A China tem se consolidado como uma fonte crescente das importações colombianas, passando de 18,4% para 24,9% entre 2014 e 2024, o que representa aproximadamente 14,7 bilhões de dólares em 2023. Em contrapartida, os Estados Unidos absorvem cerca de 30% das exportações colombianas, o que torna a relação comercial com Washington ainda mais crítica.

Impacto político da mudança

A aproximação de Petro com a China é vista por alguns especialistas como uma “jogada política” sem base em uma agenda econômica clara. A iniciativa pode ser interpretada como uma provocação desnecessária, segundo Jaime Alberto Cabal, líder da Federação Nacional de Comerciantes da Colômbia. Ele destaca que a proximidade com Pequim poderia prejudicar a forte relação comercial com os Estados Unidos.

Importações e déficits comerciais

Recentemente, o valor das importações provenientes da China superou as importações dos EUA pela primeira vez desde a pandemia, uma tendência apontada por especialistas como Alejandro Useche. Essas importações são predominantemente compostas por tecnologia e veículos de custo reduzido. Apesar do aumento nas trocas comerciais, Petro expressa preocupações sobre o déficit que a Colômbia apresenta em relação à China, que atinge quase dez vezes o déficit com os EUA.

Desafios e perspectivas futuras

Embora a China tenha feito investimentos significativos em infraestrutura na Colômbia, como a construção do metrô de Bogotá, especialistas criticam a estratégia de adesão às Novas Rotas da Seda por falta de uma análise aprofundada. Bruce Mac Master, presidente da Associação Nacional de Industriais, ressalta que a China demonstra interesse principalmente em comprar matérias-primas, o que pode não ser suficiente para beneficiar a economia colombiana a longo prazo.

A diversificação das exportações é vista como uma estratégia vantajosa em um contexto econômico desafiador, mas os riscos associados à nova aliança não podem ser desconsiderados. A balança comercial permanece deficitária com a China, o que gera mais perguntas sobre a viabilidade de alianças comerciais nesse novo cenário.


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